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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Devoção: pantaneiros se reúnem no Porto Geral no Dia de Iemanjá

Foto Clóvis Neto, Arquivo PMC

Nesta sexta-feira (2), dezenas de corumbaenses vão à prainha do Porto Geral para prestar homenagens à Iemanjá, a divindade africana que, no Brasil, é reverenciada como a mãe d’água, rainha dos mares e mãe de todas as cabeças. A celebração, profundamente enraizada na cultura pantaneira, destaca a importância desse orixá, especialmente lembrada nas festividades de fim de ano.

De acordo com o pai Robson De Ogum, presidente da associação Orum Aye que congrega terreiros de religiões de matriz africana em Corumbá, cinco casas estão programadas para se reunir na prainha, entoando cânticos, proferindo rezas, apresentando oferendas e realizando a simbólica soltura de barcas.

Enquanto duas pessoas adentram o rio até a metade do corpo para lançar a barca, a reverência à mãe Iemanjá é acompanhada por cânticos e batidas de atabaques. Pai Robson de Ogum descreve o ritual, destacando os elementos que compõem as oferendas.

“Cada casa reúne seu pessoal, inicia com orações, incensos, água de cheiro. Levamos muitas flores para Iemanjá, e na barca colocamos pertences femininos como colares, pulseiras, batom, joias e perfumes. As pessoas geralmente fazem pedidos por escrito e os colocam dentro da barca. Há também aqueles que fazem promessas, cortam o cabelo e o depositam na barca. Essa é uma oferenda em busca de caminhos, saúde e felicidade para os próximos meses.”

Embora nem todas as casas participem em 2 de fevereiro, pois a maioria desce até a prainha em 30 de dezembro para louvar Iemanjá, a tradição destaca a conexão profunda com a divindade do mar. A casa liderada por Pai Robson de Ogum foi a pioneira nessa jornada à prainha do Porto Geral no início do segundo mês do ano, há cerca de uma década.

Além das casas, a celebração conta com a presença de pessoas adeptas ou simpatizantes de Iemanjá, que oferecem flores e champanhe como gesto de devoção.

Enquanto 30 de dezembro é dedicado ao agradecimento pelo ano que passou e ao futuro que se desenha, o dia 2 de fevereiro é reservado para as celebrações específicas à orixá. Esta data também coincide com a celebração da santa católica Nossa Senhora da Candelária, padroeira de Corumbá, tornando o dia um feriado na cidade.

Pai Robson de Ogum destaca: “Nós, em Corumbá, realizamos essa reverência porque está no calendário, o 2 de fevereiro, que é a festa da cidade, Nossa Senhora da Candelária, que dentro da Umbanda é cultuada como Iemanjá.”


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