Fenômeno El Niño ameaça aumentar incêndios florestais em Mato Grosso do Sul
A influência do fenômeno El Niño está exacerbando a situação climática em Mato Grosso do Sul, aumentando significativamente o risco de incêndios florestais em todo o estado. Desde dezembro de 2023, as chuvas têm estado abaixo da média, e a previsão é de que esse déficit persista, ampliando as áreas secas e intensificando os casos de queimadas. O meteorologista Vinícius Sperling, do Cemtec, alerta para o agravamento da situação nos próximos meses, com base em dados de monitoramento de 48 municípios.
No Pantanal, a seca se intensificou durante o período que historicamente é mais chuvoso, aumentando os focos de calor e os incêndios florestais. As mudanças climáticas provocadas pelo El Niño têm impactos significativos não apenas em Mato Grosso do Sul, mas em toda a região central do Brasil, com previsões de precipitações escassas e temperaturas acima da média.
O pesquisador Fabiano Morelli destaca a anormalidade do fenômeno e seus efeitos adversos, que incluem inundações no sul do país e secas no centro.
O aumento alarmante de focos de incêndio é evidente nos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que registrou um aumento significativo em comparação com anos anteriores. Em janeiro de 2024, foram detectados 369 focos no bioma do Pantanal, em comparação com apenas 103 no mesmo período do ano anterior.
O Corpo de Bombeiros já está atuando para conter os incêndios, mas a magnitude dos eventos representa um desafio considerável. O governo estadual está intensificando medidas preventivas e de resposta para proteger os biomas do estado e minimizar os danos ambientais.