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  • quinta-feira, 21 de novembro de 2024 - Campo Grande MS

Governo de MS firma pacto interfederativo e se antecipa na prevenção e controle de incêndios no Pantanal

Fotos: Ricardo Stuckert/PR

Na quarta-feira (5), Mato Grosso do Sul se uniu ao Governo Federal e a outros estados para assinar o Pacto Interfederativo para o Combate aos Incêndios no Pantanal e na Amazônia. A iniciativa visa antecipar e integrar ações de prevenção e controle do fogo nas duas regiões, que enfrentarão uma forte estiagem nos próximos meses.

A cerimônia de assinatura do pacto ocorreu em Brasília (DF), durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente. O evento contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e de representantes de outros estados.

“O Pantanal é um bioma historicamente muito suscetível às queimadas durante a seca. Em 2020, tivemos um ano atípico e desafiador, e as condições climáticas de 2024 são ainda mais preocupantes. Estamos tomando medidas para evitar a repetição daquele cenário”, afirmou Riedel.

O governador destacou que, desde 2020, Mato Grosso do Sul tem se preparado para enfrentar o problema dos incêndios. “Estamos trabalhando intensamente, com mais de 800 a 900 focos de incêndio já combatidos. Nossa ação tem sido eficaz em reduzir a área afetada pelo fogo”.

Sobre a cooperação firmada, Riedel enfatizou que o pacto é um instrumento crucial para unir esforços na preservação. “Mato Grosso do Sul já investiu quase R$ 50 milhões em prevenção e está empenhado em evitar queimadas, especialmente em um ano de severo déficit hídrico. Este acordo fortalece nossa capacidade de ação”.

Além do pacto interfederativo, que inclui Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Acre e Roraima, outras 13 iniciativas foram assinadas para diferentes regiões do Brasil. Estas iniciativas variam desde a criação de novas áreas protegidas até programas nacionais de conservação e cooperações entre instituições federais.

“Estamos vendo os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul e, provavelmente, enfrentaremos uma forte estiagem na Amazônia e no Pantanal, com incêndios e queimadas”, alertou a ministra Marina Silva. Ela explicou que materiais orgânicos, como turfas, alimentam incêndios subterrâneos em áreas remotas, dificultando o combate ao fogo, que se agrava com as condições climáticas previstas.

Antes das assinaturas, Marina destacou diversas ações do Governo Federal em parceria com os estados, mostrando uma redução do desmatamento nos primeiros cinco meses deste ano. No Cerrado, por exemplo, houve uma diminuição de 12,9% no desmatamento em comparação ao mesmo período de 2023.

No Pantanal, dados de agosto de 2022 a julho de 2023 indicam uma queda de 9,2% no desmatamento. “Essa inflexão é resultado de esforços como a Lei do Pantanal, implementada no Mato Grosso do Sul. Já estamos vendo resultados positivos”, concluiu Marina.

Com essas ações coordenadas, espera-se que a integração e o reforço das medidas de prevenção e controle do fogo possam proteger o Pantanal e a Amazônia, preservando a biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades locais.


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