Junho de 2024 quebra recorde de incêndios em Mato Grosso do Sul
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No mês de junho de 2024, Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação alarmante em relação aos incêndios florestais, marcando um recorde preocupante nos últimos 22 anos. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já foram registrados 1.154 focos de incêndio até o momento, um número que supera significativamente a média histórica para o mês, que é de 154 focos. Comparativamente, o recorde anterior para junho havia sido em 2005, com 435 focos.
A antecipação da temporada de incêndios traz à memória os eventos devastadores de 2020, quando o Pantanal foi severamente afetado, resultando em uma extensa área consumida pelas chamas que só cessaram em setembro, após atingirem um pico de 8.106 incêndios registrados em julho daquele ano.
Recentemente, o Instituto SOS Pantanal divulgou dados alarmantes do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indicando que, de janeiro a maio de 2024, já foram queimados 332 mil hectares no Pantanal e regiões circunvizinhas, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do catastrófico ano de 2020, quando 239 mil hectares foram devastados.
Os efeitos da fumaça e da fuligem gerada pelos incêndios já afetam as áreas urbanas de Corumbá e Ladário, afetando diretamente a qualidade do ar e a saúde dos moradores locais. Autoridades e especialistas recomendam medidas cautelares, como manter a hidratação adequada e estar atento a possíveis problemas respiratórios, devido às condições atmosféricas adversas.
Diante deste cenário crítico, a mobilização de recursos e ações preventivas se tornam essenciais para mitigar os impactos ambientais e proteger a biodiversidade única do Pantanal, além de garantir a segurança e bem-estar das comunidades locais afetadas. (com informações do CG News)
