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  • quinta-feira, 2 de maio de 2024 - Campo Grande MS

Lagoa Misteriosa em Mato Grosso do Sul é reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural

Foto: José Clayton

Um dos tesouros naturais mais enigmáticos e belos de Mato Grosso do Sul, a Lagoa Misteriosa, situada na Serra da Bodoquena, em Jardim, foi oficialmente reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) nesta semana. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e visa a proteção ambiental perene dessa área de rara beleza.

As RPPNs são unidades de conservação criadas voluntariamente por proprietários particulares de terras. A designação da Lagoa Misteriosa como RPPN assegura sua preservação, sem comprometer suas atividades turísticas e empreendedoras. “Ser uma área de proteção é um atrativo adicional para o local. O empreendimento pode até se beneficiar, principalmente em pesquisa, ecoturismo e visitação”, afirmou Laercio Sousa, membro da Rede de Reservas Privadas do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (REPAMS/MT).

A Lagoa Misteriosa é conhecida por seus mistérios ainda não desvendados, tornando-se a 7ª caverna inundada mais profunda do Brasil, conforme a Sociedade Brasileira de Espeleologia. Seus encantos incluem a incerteza sobre sua real profundidade e duas espécies de peixes cuja origem ainda é um enigma.

Do alto, a caverna parece apenas um lago azul sereno. No entanto, ao se aproximar, percebe-se que é um afundamento em uma dolina. Havia lendas locais que consideravam o local mal-assombrado devido aos sons emitidos pelo vento, semelhantes a uivos. Contudo, pesquisadores desvendaram que o mistério é ainda mais fascinante.

Mergulhadores já alcançaram 200 metros de profundidade e ainda não encontraram o fundo da Lagoa Misteriosa. Os visitantes, acompanhados por instrutores, são maravilhados com a vista azul proporcionada pela água cristalina, mesmo sem chegar a essas profundezas extremas.

Quanto aos peixes misteriosos, o guia de turismo João Gomes apresenta teorias intrigantes. Uma delas sugere que ovos dessas espécies poderiam ter sido transportados pelos pés da ave Martin Pescador, que visitou um rio próximo. Ao retornar ao lago, os ovos eclodiram, originando os peixes que agora habitam a caverna. Outra teoria aponta que a mesma ave poderia ter ingerido os peixes, e os ovos sobreviveram ao sistema digestivo, eclodindo na lagoa quando a ave defecou.

Um professor especialista em peixes reforçou a plausibilidade da segunda teoria, destacando a capacidade dos ovos de resistir em ambientes ácidos como o intestino da ave.

Com o reconhecimento como RPPN, a Lagoa Misteriosa reafirma sua importância não apenas como destino turístico, mas também como um patrimônio natural a ser protegido para as futuras gerações.


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