Ministério prorroga até fevereiro de 2025 emergência ambiental em MS por risco de incêndios
A nova portaria mantém a região do Pantanal como área de risco crítico, com foco na intensificação das ações preventivas contra incêndios florestais
Divulgação/ Bombeiros
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima prorrogou até fevereiro de 2025 a portaria que declara o estado de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul, devido ao risco de incêndios florestais nas microrregiões do Pantanal e sudoeste do Estado. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (18), por meio de publicação no Diário Oficial da União, e amplia o período de classificação da emergência, que antes se estendia de maio a dezembro de 2024.
Assinada pelo secretário-executivo do ministério, João Paulo Ribeiro Capobianco, a nova portaria mantém a região do Pantanal como área de risco crítico, com foco na intensificação das ações preventivas contra incêndios florestais. No entanto, a área de risco foi reduzida em comparação à determinação anterior, que também englobava as regiões centro-norte e leste do Estado. Estas duas últimas áreas não foram incluídas na nova publicação, que visa direcionar os esforços para as regiões mais afetadas.
A medida faz parte de um esforço nacional para aumentar a prevenção de incêndios em períodos críticos, definidos para cada região do país com base no histórico de queimadas e nas condições climáticas locais. Até o momento, em 2024, Mato Grosso do Sul já registrou 12.960 focos de incêndios, sendo 8.137 apenas no Pantanal. O bioma pantaneiro, que sofreu grandes perdas durante o incêndio de 2020, enfrenta novamente um cenário alarmante de altas temperaturas e estiagem severa, que agravam a vulnerabilidade do ecossistema.
Entre janeiro e agosto de 2024, cerca de 1,22 milhão de hectares do Pantanal foram devastados pelas chamas, de acordo com dados do MapBiomas. A nova prorrogação da emergência ambiental busca intensificar a coordenação entre os órgãos de proteção ambiental e as autoridades locais, além de garantir a continuidade das operações de combate aos incêndios e da recuperação das áreas afetadas.
Com a chegada do período de seca, a expectativa é que as ações de prevenção e fiscalização sejam ampliadas, a fim de minimizar os danos causados pelos incêndios, que têm se mostrado uma ameaça crescente ao bioma pantaneiro e ao meio ambiente de Mato Grosso do Sul.
