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  • sábado, 27 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Pesquisadores criam caixa corta-fogo para evitar incêndios no Pantanal

Foto: Prevfogo

Para conter a propagação de incêndios na região pantaneira, cientistas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) desenvolveram uma caixa corta-fogo. O intuito é mapear áreas mais afetadas e auxiliar comunidades sem coleta de resíduos a incinerar o lixo de maneira segura, prevenindo a disseminação do fogo. A prática descontrolada de queimadas nas comunidades ribeirinhas é comum em diversas partes do bioma.

O projeto teve origem no CPAN (Laboratório de Dinâmicas Espaciais do Câmpus do Pantanal). Segundo a professora Ana Carolina Faccin, responsável pela pesquisa, o estudo de pesquisa-ação está em desenvolvimento há pouco tempo.

“Em resumo, a ideia é identificar áreas habitadas afetadas por incêndios recorrentes em Corumbá e instalar unidades de caixas incineradoras de lixo doméstico, evitando assim a queima descontrolada nessas comunidades pantaneiras.”

A pesquisa foi escolhida no edital Mulheres na Ciência Sul-Mato-Grossense, da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul). O projeto tem um prazo de até dois anos para ser implementado.

Segundo a pesquisadora, controlar a queimada doméstica trará benefícios para prevenir incêndios florestais em uma região já impactada por secas históricas, como na bacia do Rio Paraguai, e pela escassez de água em áreas habitadas.

Nalvo Franco de Almeida Júnior, diretor científico da fundação, destaca que iniciativas como essa não só contribuem para o avanço do conhecimento em comunidades específicas, mas para a sociedade como um todo.

“Projetos de pesquisa como o da professora têm um impacto social direto nas comunidades, demonstrando claramente a responsabilidade da academia em relação ao bem público. Isso é fazer tecnologia social.”

Quanto aos incêndios, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul já controlou 12 grandes incêndios florestais no Estado, especialmente no Pantanal, de janeiro a outubro deste ano. O número exato de queimadas em novembro está sendo apurado, mas plataformas via satélite indicam um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, com cerca de 1,4 mil focos de calor registrados em 2023. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, foram 3 mil focos de incêndio nos primeiros 15 dias de novembro.

Fonte: Campo Grande News


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