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  • sábado, 27 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Saiba mais sobre a Estrada Parque

Estrada Parque

Área de especial interesse turístico

Até abertura da BR-262 nos anos 80 essa estrada era o único acesso por terra à fronteira com a Bolívia e a essa região, que os indígenas denominaram “Xaraés”. Seu traçado seguiu a linha imaginária definida pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, para implantação da sua linha telegráfica. A velha estrada boiadeira corta os pantanais do Abobral e da Nhecolândia.

A Estrada Parque Pantanal possui uma extensão de 116 quilômetros aproximadamente, foi construída sobre aterros que variam de 1 a 3 metros, numa tentativa de garantir o tráfego em qualquer época do ano, porém esse objetivo não foi completamente alcançado, pois nas cheias mais intensas a estrada é invadida pela égua em vários pontos.

É através dela que se realiza o escoamento da produção pecuária de várias fazendas do Pantanal. Durante o percurso, em dias de leilão de gado, chega-se a contar até 200 caminhões boiadeiros. Pode-se também ter a possibilidade de atravessar uma comitiva, observando a habilidade dos vaqueiros pantaneiros na condução do gado, essas viagens podem durar algumas horas ou até mesmo dias.

 

Uma de suas maiores atrações é a facilidade de se observar vários elementos da fauna terrestre pantaneira, em seu habitat original. Como a Estrada Parque atravessa diferentes pantanais, com características variadas, a fauna ao longo do trajeto também é bastante e rica.

O primeiro trecho, entre o Lampião Aceso e o inicio da subida da serra, é margeado pôr pastos e várias construções. Neste percurso, a observação de fauna é mais difícil, pois a presença humana é intensa e tende a afugentar os animais.

Logo após este trecho, já na subida da serra, a vegetação de entorno se transforma em um complexo de matas semidecíduas, onde a observação de primatas como o Bugio (Alouata fusca clametams) e o macaco prego se tornam mais fácil. Procurando, pode-se encontrar grandes bandos de macacos, forrageando ou se movimentando pelas copas das árvores. Aves também são constantes nesta faixa, e encontrar tucanos, papagaios, maritacas, gralhas, araçaris só depende de calma e atenção.

Logo que a Estrada Parque Pantanal inicia seu percurso em solo pantaneiro, após a descida da serra, as chances de observação de aves aumentam consideravelmente. Tuiuiús, garças, socós, cabeças secas e biguás começam a aparecer e compor um mosaico de seres alados com os canários, cardeais, bem-te-vis, João de barros, cardeais, e inúmeras outras espécies.

Animais selvagens são abundantes no Pantanal, e ao longo da Estrada observam-se várias espécies. No trecho de morraria, a observação de macacos, quatis,  roedores silvestres (cutias e pacas) e porcos do mato (queixadas e caititus) é possível, todavia difícil.

O trecho compreendido entre o trevo de Albuquerque e o Porto da Manga oferece boas condições de observações de capivaras, jacarés e até animais mais raros como as iraras, as lontras e até tamanduás e onças pardas. Na ponte do córrego Sará é possível, com alguma sorte, contemplar as lontras nadando e se alimentando à vontade. Lontras são animais raros de se observar. Mutuns, arancuãs e jacutingas, aves raras da fauna brasileira, também podem ser visualizadas com certa facilidade neste trecho.

Após a travessia da balsa, no Porto da Manga, rumo a Curva do Leque, a Estrada Parque Pantanal atravessa uma região extremamente rica em capivaras e jacarés. É comum observar estes animais no meio da pista, bem como uma enorme quantidade deles ao lado e ao longo da estrada. Dirigir com cuidado e devagar neste trecho é a regra. Cervos do Pantanal também são muito comuns nesta área, e o observador mais atento vai encontrar vários indivíduos no trecho balsa-Curva do Leque. Os Cervos são os maiores veados existentes no Brasil, e o Pantanal abriga a maior população selvagem destes belíssimos animais. Calmos e curiosos, os cervos deixarão se fotografar de perto, se o observador agir com o devido respeito e tranqüilidade.

Ainda no trecho balsa-Curva do Leque, é possível encontrar algum grupo de ariranhas, pois na região oferece condições ideais para esta espécie. Ariranhas são animais que vivem sempre próximos a corpos d’águas, e quando em atividade, perfazem um espetáculo único e belo para se contemplar.

Emas são habitantes desta área e na época da seca é possível observar grupos próximos à Estrada Parque Pantanal, às vezes até caminhando na pista.

O trecho que vai da Curva do Leque ao Buraco das Piranhas atravessa uma área de alta inundação sob influência dos rios Negros, Abobral e Miranda. Aqui, a presença de aves semi-aquáticas, como o tuiuiú, as garças e vários outros é muito comum. Araras, tucanos, papagaios, maritacas e periquitos são muito abundantes. Capivaras, jacarés e até lontras e iraras são comumente observados neste trecho.

Observe as árvores atentamente, aí se movimenta inúmeras espécies de rara beleza como os tucanos, que proliferam nesta região, as araras, coloridas e gritantes, gaviões de diferentes espécies, e toda sorte de aves semi-aquáticas como as garças, tuiuiús, bugias, biguatingas, manguris, cabeças secas e o carão com seu canto triste.

Este é o cenário que se tem ao longo dessa estrada que é uma Área de Especial Interesse Turístico, criada pelo Governo do Estado do Mato Grosso do Sul por meio do Decreto N° 7.122/93 de 17.03.1993. Compreende trechos da MS-184 e da MS-228, nos municípios de Miranda, Corumbá e Ladário, e tem área de cerca de 6.800 ha., dos quais 85% no município de Corumbá.

Apesar de não pertencer a uma categoria de Unidade de Conservação prevista na Lei 9.985/00 (SNUC), a Estrada-Parque Pantanal foi criada no intuito de conservar a biodiversidade e promover o ecoturismo no Estado.

 

 


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