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  • domingo, 19 de maio de 2024 - Campo Grande MS

Situação de seca na Bacia do Alto Paraguai preocupa autoridades

Tempo seco

Bruno Rezende

A falta de chuvas e o aumento das temperaturas na Bacia do Alto Paraguai, que engloba os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, indicam um agravamento da situação de seca na região. Para abordar esse problema, autoridades responsáveis se reuniram nesta terça-feira (7) em uma sala de crise virtual convocada pela Agência Nacional de Águas (ANA), com participação de técnicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.

De acordo com dados do Cemaden, os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso já estão enfrentando uma situação de seca. A maioria das propriedades rurais em Mato Grosso do Sul enfrenta condições de seca severa ou moderada, com apenas 5% do território do estado escapando da escassez hídrica. O problema é agravado pelas altas temperaturas, que devem persistir nas próximas semanas, colocando uma pressão adicional sobre os recursos hídricos e a vegetação, aumentando o risco de incêndios florestais.

Para o trimestre atual, que compreende os meses de maio, junho e julho, é previsto um enfraquecimento do fenômeno El Niño e a influência do La Niña, originado no Oceano Pacífico, no clima. No entanto, não há previsão de melhora na distribuição de chuvas, indicando que a situação de seca pode persistir. A expectativa é de uma queda brusca nas temperaturas com a chegada do inverno, a partir de junho, influenciada pelo La Niña.

Diante da estiagem e da iminente escassez hídrica, a ANA está preparando uma nota para emitir uma ‘declaração de escassez hídrica’. Essa medida, que deve ser avaliada pela diretoria da ANA nos próximos dias, permitirá que as empresas concessionárias de distribuição de água imponham tarifas emergenciais para financiar obras ou serviços adicionais e evitar o desabastecimento, conforme explicou o superintendente da ANA, Patrick Tadeu Thomas.

A nota técnica da ANA destaca a importância de instituir uma Sala de Crise para acompanhar e viabilizar medidas de mitigação dos impactos da seca sobre os usos da água até o próximo período chuvoso na bacia. Entre os possíveis impactos da seca estão o comprometimento do abastecimento humano em cidades como Porto Murtinho, Corumbá e Ladário, que dependem do Rio Paraguai, e a navegação comercial, que pode ser prejudicada pela redução do calado.

Os membros da sala de crise da Bacia do Alto Paraguai irão se reunir novamente em 4 de junho, de forma virtual, para avaliar a situação e considerar outras medidas para enfrentar a seca. Além do Cemaden, ONS e da ANA, a sala de crise conta com representantes de diversas instituições, incluindo o Serviço Geológico do Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Instituto Nacional de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima.


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