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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Travessia Guadakan desbrava o paraíso da Serra do Amolar, no Pantanal

Divulgação/IHP

A Travessia Guadakan foi lançada no último dia 28 de novembro, em evento realizado no Sumarezinho (São Paulo), na sede da Pure Brasil. A trilha é uma imersão total no território do Pantanal, na Serra do Amolar. Esse local é icônico por ser um dos mais preservados do bioma e único em todo o Pantanal que tem alturas que chegam a quase 1 mil de altitude. Esse produto de econegócio está sendo desenvolvido pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), em parceria com a Wetlands International, por meio do programa Corredor Azul.

A Travessia Guadakan foi lançada com um trekking de 3 dias e 2 noites. Esse percurso corresponde aos 3 primeiros trechos que a travessia vai proporcionar aos aventureiros. Além disso, há a experiência de se realizar um trecho aquático de aproximadamente 20 km. No total, a travessia tem aproximadamente 30 km de trekking e mais 20 km de canoagem.

O nome foi definido como Travessia Guadakan como forma de homenagear os indígenas da etnia Guatós. Os indígenas, que até hoje habitam a região, tem sua lenda sobre o surgimento do Pantanal e que recebe o nome de Guadakan. A palavra, em guató, significa Pantanal.

Toda essa aventura vai ter ponto de partida em Corumbá (MS), cidade que é a Capital do Pantanal e onde está a sede do IHP. O trajeto envolve seis horas de barco pelo rio Paraguai acima até a chegada na Serra do Amolar.

A trilha vai garantir ao visitante uma experiência única com cenário do Pantanal do Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso e cenário deslumbrante da Bolívia. A proposta é que os aventureiros por trilhas possam vivenciar a Serra do Amolar por diferentes ângulos e ainda ter a oportunidade de avistar várias espécies de fauna e flora que o bioma oferece. É também uma proposta de resgate da história de um local que foi povoado pelos indígenas da etnia Guatós, além de ter sido palco de batalhas da guerra do Paraguai, no século XIX.

A experiência também tem como objetivo valorizar as comunidades tradicionais da região, apresentando aos visitantes seus costumes, artesanato e a culinária regional. Esse foi um dos fatores que estimularam a criação do trecho aquático, pois ele passa pela comunidade de Barra de São Lourenço e tem potencial de crescer, passando por outras comunidades e estimulando serviços como o de hospedagem e alimentação em pequenos povoados.

Essa mesma trilha já serviu para monitoramento de ações de combate e prevenção a incêndios florestais no Pantanal.

A Serra do Amolar

A Serra do Amolar é um território dentro do Pantanal muito pouco explorado que tem uma característica única no mundo. Ela proporciona uma vista privilegiada do bioma, a uma altura de mais de 950 m acima do nível do mar. Ainda se apresenta dentro de um território de áreas inundadas como um “termômetro” de regulagem do processo de cheia e concentra ao longo de 80 km de extensão uma mistura de diversidade natural, com áreas de Mata Atlântica, resquícios amazônicos e o pantanal em si.

Enquanto a maior planície alagada contínua do mundo tem altitude entre 90 m e 200 m, a Serra do Amolar apresenta-se como um gigante de quase 1 mil metros. Esse controle geológico que a Serra do Amolar realiza garante o retardamento do fluxo das águas fluviais, o que vai manter a inundação periodicamente. O Pantanal só existe por conta desse controle estrutural, associado às características climática, geomorfológica e pedológica.

Sobre o IHP

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002, em Corumbá (MS), atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.

Entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento e apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Os programas que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/. O IHP também integra o Observatório Pantanal.


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