Mato Grosso completou quatro meses consecutivos de queda no número de focos de calor, atingindo o menor índice da série histórica registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/BD Queimadas) desde 1998. Entre julho e outubro de 2025, foram contabilizados 7.043 focos de calor, uma redução de 77,6% em relação à média histórica de 31.428 focos para o mesmo período.
Os números inéditos refletem a eficiência das estratégias de prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais, implementadas de forma contínua pelo Corpo de Bombeiros Militar e órgãos parceiros. O comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes, destaca que os resultados positivos são consequência direta da constância da presença das equipes em campo, do uso de tecnologia e da integração entre instituições e sociedade.
Em 2025, o Governo de Mato Grosso destinou R$ 125 milhões em ações diretas de combate aos incêndios e ao desmatamento ilegal. O investimento garantiu operações aéreas e terrestres em tempo real, com o apoio de 1.420 bombeiros militares, brigadistas e frota aérea, coordenados por uma plataforma de monitoramento 24h, que integra dados meteorológicos, imagens de satélite e autorizações de queima controlada.
O resultado mais expressivo foi registrado em outubro, com 1.410 focos de calor, o menor número já observado desde o início do monitoramento. A média histórica para o mês é de 4.974 focos. No bioma Pantanal, a redução foi ainda mais significativa: apenas 75 focos em 2025, contra 1.725 no mesmo mês do ano anterior.
Além das ações operacionais, o estado intensificou a fiscalização e responsabilização de infratores, aplicando R$ 285 milhões em multas nas Operações Infravermelho e Abafa Amazônia. As medidas, aliadas à conscientização da população e ao apoio do setor produtivo, consolidam Mato Grosso como referência nacional na gestão integrada do fogo.
Fonte: CBM MT



