• terça-feira, 23 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Ação salva 70 jacarés que disputavam poça no Pantanal de Mato Grosso

Jacaré salvo da seca

Divulgação/Ecotrópica

Cerca de 70 jacarés desnutridos e desidratados foram transferidos de um corixo seco do Rio Pixaim, em Poconé, Mato Grosso, onde disputavam uma poça que chegava a 35ºC. A intervenção feita por um mutirão de organizadores fez parte da operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e dos Recursos Naturais Renováveis, que segue até a chegada das chuvas no Pantanal Norte, previstas para o fim de outubro. O resgate foi a forma de salvamento para os animais ameaçados pela seca do Pantanal.

O remanejo dos jacarés foi feito com base em um estudo da água restante do corixo, que se mostrou “inadequada para qualquer tipo de vida”. “É mais fácil você dizer que translocou alguns animais do que anunciar a morte de dezenas deles em razão da falta d’água”, avaliou na ocasião o presidente da Ecotrópica, Ilvanio Martins.

“Os animais eram avaliados e só eram resgatados os que estavam em estados mais críticos, como desnutridos e desidratados”, conta Magnus Olzon, fundador da Brigada Pantanal Norte, do Instituto SOS Pantanal. Após serem contidos por quatro pessoas cada, os jacarés foram levados para as vans que fizeram o trajeto de uma hora até o novo lar, onde receberam soro e suplemento alimentar.

Desde o início da intervenção na Ponte 3 da Rodovia Transpantaneira, caminhões-pipa de 16 mil litros fazem a reposição diária da água do corixo para beneficiar a população que permaneceu.

Os jacarés podem passar por um período na lama sem comer, chamado de estivação, por até 90 dias. O problema para Martins é que não se sabe quando eles iniciaram o processo, uma vez que o bioma está desde julho em seca extrema. E alterações como essa causam ocorrências nunca vistas antes, como jacaré comer mamão, quando o esperado é que pratique canibalismo em situações assim.

Hoje, a seca é um dos fatores de mortalidade de jacarés. Além de diminuir a oferta de alimentos, prejudica a termorregulação do animal: em temperaturas altas, ele vai para a água ou para a sombra. “A gente não sabe se uma espécie desse tamanho vai conseguir se recuperar novamente. Não sabemos qual é o grau de resiliência das populações de jacaré”, afirma Laps. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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