Câmeras flagram várias espécies de animais na região da Transpantaneira em MT
Câmeras estrategicamente posicionadas ao longo da Estrada Parque Transpantaneira, administradas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), proporcionaram um fascinante registro de 95 espécies da exuberante fauna pantaneira entre os anos de 2022 e 2023. Durante o período de 14 meses, essas câmeras “trap” capturaram 23 mil imagens, oferecendo uma visão única da vida selvagem que habita a região.
Entre as notáveis descobertas, destaca-se o Caxinguelê, o esquilo pantaneiro, imortalizado em uma das imagens capturadas. O levantamento revelou que o mamífero mais frequente nas imagens é o cachorro-do-mato, com impressionantes 3.951 registros, seguido pela cutia, com 2.572 ocorrências, e a tipiti, com 1.773 imagens. Além disso, espécies como anta, veado-mateiro, jaguatirica e veado-catingueiro foram igualmente flagradas, demonstrando a riqueza e diversidade da fauna local.
As “câmeras trap”, dotadas de tecnologia avançada com câmeras camufladas e sensores de movimento e calor, não apenas capturaram as criaturas mais tímidas, como o tatupeba, as pacas e os lobos-guará, mas também registraram algumas das personalidades mais ilustres do Pantanal. Capivaras, preás, onças-pardas e tamanduás-mirins foram eternizados em 97, 67, 49 e 38 imagens, respectivamente.
O monitoramento realizado pela Sema não se limita apenas a registrar a diversidade da fauna. Os dados coletados são compilados em um documento abrangente, proporcionando informações essenciais sobre os hábitos e movimentos dos animais. Essa documentação não apenas enriquece nosso entendimento sobre a vida selvagem, mas também contribui para identificar pontos de importância ambiental e emergencial.
Localizadas ao longo da Estrada Parque Transpantaneira, parte da BR-060, entre Poconé e a comunidade Porto Jofre, as “câmeras trap” servem como olhos discretos, gravando vídeos de 10 segundos com intervalos mínimos de 60 segundos sempre que um animal é detectado pelos sensores de calor. Essa abordagem não intrusiva permite um estudo aprofundado da fauna, promovendo a conservação desse ecossistema único e delicado que é o Pantanal.