Historiador da UFMT vira Papai Noel e faz alegria da criançada
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O espírito natalino vai além dos presentes, ceias fartas e momentos em família. Em meio às festividades, há aqueles que encarnam o verdadeiro significado do Natal, transformando a solidariedade em uma prática constante ao longo do ano. Clóvis Matos, historiador pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e escritor, personifica essa generosidade como o Papai Noel Pantaneiro.
A peculiaridade de seu cabelo branco e barba longa lhe conferiu o apelido carinhoso, mas a sua missão vai muito além das festividades natalinas. Todos os meses, Clóvis dedica-se a levar doações, incluindo roupas, alimentos e brinquedos, às comunidades ribeirinhas do Pantanal, distantes da capital Cuiabá.
O projeto, inicialmente voltado para incentivar a leitura com o “Inclusão Literária no Pantanal”, cresceu e transformou-se em uma verdadeira lição de amor e solidariedade. Clóvis compartilha sua experiência:
“Eu já fazia um trabalho antes com a Inclusão Literária no Pantanal, com os livros, e eu sempre fui barbudo e cabeludo, então as pessoas já me chamavam de Papai Noel, independente de eu ser Papai Noel ou não. Nisso, quando eu comecei a fazer o trabalho de Papai Noel no shopping, eu vi que faltava alguma coisa para completar esse trabalho e como eu já tinha uma relação muito legal com as pessoas do Pantanal, eu resolvi virar o Papai Noel Pantaneiro.”
Ao longo de 15 anos, Clóvis Matos e sua equipe atendem mais de 2 mil pessoas anualmente, beneficiando 67 comunidades. Ele destaca as particularidades das comunidades pantaneiras:
“O Pantanal reúne em um pequeno espaço quatro, cinco, seis casas e isso é considerado uma comunidade. A uns 10 km à frente, reúne um pequeno povoado que representa outra comunidade e que inclusive tem diferenças muito distintas de cultura.”
Apesar dos desafios, como estradas rompidas durante as chuvas, Clóvis espera que este ano seja possível atender à comunidade mais populosa, São Pedro de Joselândia, situada a 200 km de Cuiabá.
O Papai Noel Pantaneiro não apenas aquece os corações nas festividades, mas ilumina o caminho da solidariedade ao longo de todo o ano, tornando-se uma figura essencial para as comunidades que atende.
