Mato Grosso enfrenta crise hídrica: estado de emergência em 43 municípios
O estado de Mato Grosso está diante de uma grave crise hídrica que ameaça não apenas o abastecimento de água da população, mas também a produção agrícola e a biodiversidade da região. No início deste ano, 43 municípios mato-grossenses decretaram estado de emergência devido à escassez de chuvas, um sinal alarmante dos desafios enfrentados pelo estado.
Dados do Corpo de Bombeiros revelam que o volume das águas na região está significativamente abaixo do registrado em anos anteriores, incluindo 2020, o ano do devastador incêndio florestal que assolou o Pantanal. O rio Paraguai, vital para a formação e manutenção do Pantanal, atingiu seu nível mais baixo em 124 anos, agravando ainda mais a situação.
O alerta sobre a iminente seca extrema no bioma foi emitido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ressaltando a urgência de ações preventivas e de gestão para enfrentar essa crise iminente.
Diante desse cenário preocupante, o senador Wellington Fagundes, do Partido Liberal (PL) de Mato Grosso, tomou a iniciativa de requerer uma audiência pública para discutir as medidas necessárias para enfrentar a crise hídrica. Fagundes ressalta que a situação não é uma surpresa e destaca a importância da união de esforços entre o governo federal, o governo estadual e os municípios para lidar com essa crise.
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, já tomou medidas importantes, como a instalação do Comitê de Crise, visando coordenar ações emergenciais para mitigar os impactos da seca. Além disso, iniciativas como a construção do Centro de Triagem de Animais, o primeiro Hospital Estadual Veterinário, são passos importantes para garantir o cuidado com a fauna afetada pelas condições adversas.
Para debater a situação e buscar soluções efetivas, está prevista uma audiência pública, ainda sem data definida, que contará com a participação de autoridades relevantes, incluindo os presidentes do IBAMA e do ICMBio, bem como representantes do governo estadual e do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal.