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  • quinta-feira, 21 de novembro de 2024 - Campo Grande MS

Situação crítica de escassez hídrica preocupa Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

O Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso estão se preparando para enfrentar uma das piores secas já registradas na região da bacia hidrográfica do Paraguai. O rio Paraguai, considerado o principal ativo dessa área, está sofrendo com níveis alarmantemente baixos, levando as autoridades a adotarem medidas emergenciais.

Em uma reunião realizada nesta semana, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico definiu que uma resolução federal será emitida nos próximos dias, declarando a “Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai”. Essa medida terá vigência até 31 de outubro, podendo ser prorrogada conforme a evolução da situação.

A decisão da ANA é respaldada pelo cenário observado na região, corroborado por instituições como o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul, expressou preocupação com a situação, destacando que as chuvas abaixo da média histórica desde o ano passado afetaram significativamente a região, resultando na ausência da cheia no Pantanal este ano.

Uma Sala de Crise foi criada pela ANA para monitorar de perto a situação da bacia do rio Paraguai, envolvendo diversos órgãos públicos e instituições, incluindo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Os dados hidrológicos da região indicam que o nível de água do rio Paraguai atingiu valores historicamente baixos em algumas estações de monitoramento ao longo de sua calha principal.

Os impactos dessa situação podem ser severos, afetando o abastecimento de água em cidades como Cuiabá (MT) e Corumbá (MS), além de comprometer a navegação, o aproveitamento hidrelétrico, as atividades de pesca, turismo e lazer. Embora as captações outorgadas representem menos de 30% da vazão de referência, a redução dos níveis dos rios pode dificultar a captação de água para abastecimento urbano, exigindo a instalação de equipamentos adicionais.

Patrick Tadeu Thomas, superintendente da ANA, explicou que as concessionárias de água podem precisar criar taxas extras para cobrir os custos adicionais, citando o caso da cidade de Corumbá, onde a estrutura de captação de água pode ser comprometida devido à baixa do rio Paraguai.

Diante desse cenário desafiador, serão adotadas diversas estratégias, desde ajustes operacionais em reservatórios até melhorias no uso da água para setores como agricultura e indústria. O governador Eduardo Riedel planeja uma reunião na próxima semana com representantes de todas as secretarias para definir ações de segurança hídrica, saúde, segurança e atendimento às comunidades afetadas.

A colaboração de todos os envolvidos será fundamental para garantir a sustentabilidade da água na bacia do rio Paraguai. O monitoramento contínuo das condições climáticas e dos níveis dos rios, aliado à coordenação eficaz entre os órgãos envolvidos, será essencial para enfrentar os desafios impostos por essa situação crítica de escassez hídrica em uma das regiões mais importantes do Brasil.

A Região Hidrográfica Paraguai, que abrange parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é vital para a preservação do Pantanal, a maior área úmida contínua do planeta, além de desempenhar um papel fundamental no ecossistema e na economia regional. O momento exige união e ação rápida para proteger esse recurso tão precioso.


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