Um tatu-peba ganhou destaque ao ser flagrado pedindo comida a turistas no Bosque Municipal de Tangará da Serra, no Mato Grosso.
Ramieri Passos e Eliana Cardoso estavam no parque quando o tatu-peba se aproximou deles. O animal foi atraído pelo cheiro da comida. Antes disso, uma funcionária do parque havia alertado sobre a presença do tatu.
“Ele realmente apareceu e ficou ao nosso redor por alguns minutos, mas logo foi embora”, relatou Ramieri. Apesar da cena divertida, especialistas alertam sobre os riscos dessa interação.
Riscos de alimentar animais silvestres
O biólogo Luiz Eduardo Saragiotto adverte que alimentar animais silvestres pode ser prejudicial. Alimentos humanos contêm ingredientes que não são naturais para os animais e podem afetar sua saúde.
Saragiotto também destaca que, quando um animal se acostuma a receber comida de humanos, ele perde a capacidade de procurar alimento por conta própria. Isso compromete seu comportamento natural e sua sobrevivência.
Interações como a registrada no Bosque Municipal podem parecer inofensivas, mas é importante lembrar dos impactos potenciais na vida selvagem.
Curiosidades fascinantes sobre o tatu-peba
O tatu-peba, também conhecido como tatu-bola ou tatu-canastra, é um animal que desperta curiosidade e fascínio.
Este mamífero, pertencente à família Dasypodidae, é nativo da América do Sul e pode ser encontrado em diversos habitats, desde florestas até campos e cerrados.
Uma das características mais marcantes do tatu-peba é sua habilidade de enrolar-se em uma bola quando se sente ameaçado.
Esse comportamento é uma defesa natural que o protege de predadores. Suas carapaças, compostas por placas de queratina, são altamente adaptadas para absorver impactos e oferecer proteção.
O tatu-peba é um excelente cavador, utilizando suas garras longas e fortes para escavar buracos no solo em busca de alimentos, como insetos e pequenos invertebrados.
Sua dieta é predominantemente composta por cupins e formigas, o que faz dele um importante controlador de populações de insetos no seu ecossistema.
Apesar de sua aparência robusta, o tatu-peba é um nadador habilidoso e pode atravessar rios e lagoas em busca de novos habitats ou fontes de alimento.