Quase quatro anos após ser resgatada ainda filhote durante os incêndios devastadores de 2020 no Pantanal, a tamanduá-bandeira Miga finalmente voltou à vida livre. A soltura, realizada na quinta-feira (12), marcou o fim de uma longa jornada de reabilitação conduzida pela equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e do projeto Ampara Pantanal.
O momento emocionante esta divulgada nas redes sociais da Sema-MT e representa não só a libertação de um animal silvestre, mas simboliza esperança, resiliência e a importância da conservação da fauna pantaneira.
Tecnologia a serviço da conservação
Para garantir a adaptação da tamanduá ao ambiente natural, Miga esta equipada com um colete de rastreamento fornecido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O dispositivo permite monitoramento em tempo real de seus deslocamentos e comportamento.
Esses dados serão fundamentais para avaliar a eficácia da reintrodução e garantir que ela esteja segura e saudável nos próximos meses.
Reabilitação e soltura branda
Desde o resgate, Miga passou por um rigoroso processo de recuperação na Base de Atendimento Ampara Pantanal (BAAP), com foco na transição alimentar, aclimatação e treinamentos comportamentais. Por ainda ser muito jovem quando encontrada, todo o processo exigiu cuidado redobrado para garantir que desenvolvesse as habilidades necessárias à sobrevivência na natureza.
A soltura seguiu o método chamado de “soltura branda”, que permite que o animal explore o habitat ao seu próprio ritmo. A área escolhida possui água, alimento e abrigo, além da possibilidade de retorno ao ponto de soltura em caso de necessidade.
Esperança no Pantanal
Por fim, Miga é um símbolo de resistência diante da destruição causada pelas queimadas no bioma. Assim, sua reintrodução reforça o compromisso com a proteção da biodiversidade pantaneira e com a recuperação dos danos provocados por eventos extremos.
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