Foto: Assecom/MPMS
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apura queimadas que atingiram 275 hectares em Nova Andradina, a 300 km de Campo Grande. O fogo destruiu áreas de plantio de cana-de-açúcar, bem como trechos de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal.
Incêndio sem autorização ambiental
As investigações começaram após um relatório da Polícia Militar Ambiental (PMA) identificar que o incêndio ocorreu sem autorização do órgão ambiental competente. A vistoria, realizada em 2 de agosto de 2024, constatou que o fogo atingiu duas fazendas da região. Ambas possuem terras arrendadas por uma empresa de energia para o cultivo de cana.
Segundo o inquérito, conduzido pelo Promotor de Justiça em Substituição Legal, William Marra Silva Júnior, uma das fazendas perdeu 185 hectares de plantio, além de três hectares de Reserva Legal. Na outra propriedade, o fogo consumiu 80 hectares de lavoura e sete hectares de APP e Reserva Legal.
Danos ambientais e controle das chamas
A documentação não confirma a origem do incêndio, mas indica que as chamas começaram na área de cultivo e se espalharam rapidamente para os trechos protegidos. No momento da vistoria, o fogo estava controlado, com o apoio de brigadistas e caminhões-pipa.
Apesar de os aceiros entre a lavoura e a vegetação nativa estarem preservados, os fortes ventos facilitaram a propagação do incêndio. Esse fator reforça a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir ocorrências semelhantes.
Empresa deve apresentar plano de recuperação
Diante dos danos ambientais, o MPMS notificou a empresa arrendatária para apresentar um Projeto de Recuperação de Área Degradada e Alterada (PRADA). O objetivo é recompor a vegetação destruída e mitigar os impactos ambientais.
Por fim, o caso segue sob investigação, e novas medidas podem responsabilizar os envolvidos e evitar novos episódios de queimadas ilegais na região.
Para mais informações, acesse: MPMS
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