Foto: Thiago Soares/Folha Vitória
Crianças frequentadoras da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da Serra tiveram a experiência de estar frente a frente com um jacaré-de-papo-amarelo na manhã desta quinta-feira (16).
Jake, apelido de Jaqueline, é uma jacarezinha de cerca de 6 a 7 anos, e foi levada até a sede da Apae por membros do Projeto Caiman, que além da visita ilustre, levou também peças em 3D, como réplicas de ovos e folhas que recriavam o ninho de um jacaré, para uma experiência sensorial completa para as crianças.
A coordenadora de educação ambiental do projeto, Bárbara Nedelly Mello Silva, explica que atividades como esta são realizadas desde 2014, mas este ano, o projeto decidiu se focar em diversidade. Vários grupos foram atendidos ao longo de 2023, como o Instituto Braille e a Vitória Down.
Nas atividades, um mini-habitat foi montado para explicar às crianças que elas podem fazer a diferença quando o assunto é preservação ambiental.
“Focamos na nossas materialidades, levamos várias peças em 3D, folhas que a mamãe jacaré usa para montar seu ninho. Eles puderam pegar, sentir as folhas de verdade, esquemas de ovo de jacaré. A gente falou um pouco sobre o jacaré e seu habitat, trazendo sempre para o cotidiano deles e mostrando que podem fazer o bem para a natureza e ajudar o meio ambiente”, contou. Para muitas pessoas, encontrar um jacaré é motivo de muito medo. Tocar em um então? Nem pensar! Não foi o caso dos alunos da Apae, que ficaram encantados com a visitante.
A jacaré, como explica Bárbara, foi doada ao projeto por um cativeiro que cria estes animais. Poder interagir com Jake deixou as crianças empolgadas e, mais que isso, fascinadas, de acordo com ela. “Elas adoraram. Foram muito receptivos, mesmo sendo um animal diferente do que estão acostumados na rotina”, contou a educadora. Ainda de acordo com Bárbara, esta não foi a primeira vez que muitas das crianças se depararam com o réptil, uma vez que algumas moram em regiões de lagos da Serra e sabem bastante sobre o animal. “Existem várias pessoas que moram em região de lagoas, então há relatos de pessoas que já viram jacarés por lá. Eles aceitaram muito bem, conseguiram conversar com a gente sobre jacaré. Diziam ‘eu já vi um jacaré nadando na lagoa’. Muitas vezes eles têm algum contato e ficam fascinados. Adoraram a Jake, não tiveram nenhum medo ou receio”, finalizou.
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