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  • domingo, 28 de abril de 2024 - Campo Grande MS

Preservação do Pantanal pode gerar créditos de carbono

Foto: Felipe Baenninger

Foto: Felipe Baenninger
De acordo com a consultoria McKinsey, o Brasil explora menos de 1% de sua capacidade anual de geração de créditos de carbono, um problema ainda maior se considerarmos que o país detém 15% do potencial global de captura de carbono por meio de florestas preservadas. Para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil tem um mercado potencial de créditos de carbono de US$ 120 bilhões, o que pode gerar um ganho de 5% no PIB brasileiro.

Com isso em mente o Instituto Homem Pantaneiro(IHP), organização que há mais de 20 anos trabalha pela preservação do Pantanal brasileiro, estabeleceu uma parceria com a ISA CTEEP, líder em transmissão de energia no Brasil, para o mapeamento das áreas florestais no Pantanal, com potencial para o desenvolvimento de novos projetos de preservação e recuperação para a geração de créditos de carbono.Esses créditos são instrumentos de incentivo à preservação, desenvolvidos no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente áreas por seus resultados de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

A iniciativa faz parte do Conexão Jaguar, programa de sustentabilidade desenvolvido desde 2019 pela ISA com o propósito de promover a conservação da biodiversidade, a mitigação das mudanças do clima e o desenvolvimento de comunidades. O foco é apoiar a implementação de projetos em áreas prioritárias para a conservação do habitat da onça-pintada, o que contribui para a mitigação das mudanças climáticas em linha com a transição energética, na medida em que incentiva e fortalece a captura e o estoque de carbono.

“Um dos principais objetivos do Conexão Jaguar é impulsionar o desenvolvimento de projetos de redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal, com potencial para geração e comercialização de créditos de carbono que fomentam economicamente programas para proteção dos ecossistemas e corredores de biodiversidade”, explica Ana Carolina David, gerente de comunicação, sustentabilidade e relações institucionais da ISA CTEEP.

“Esse projeto permite o reconhecimento necessário para quem atua na conservação do Pantanal, pois ele vai remunerar quem protege as áreas. O Pantanal é um bioma que já possui um nível de conservação elevado e o Conexão Jaguar é um programa que vai potencializar essas atividades de preservação, gerando um impacto positivo a partir de uma espécie topo de cadeia e bioindicador, que é a onça-pintada, e gerando benefício para mais de uma centena de outras espécies, além da flora. Significa um compromisso com o futuro”, indica Ângelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

Primeira certificação de créditos de carbono no Pantanal (MS) 

O Conexão Jaguar ofereceu apoio técnico e financeiro para viabilizar o primeiro projeto certificado no Pantanal, conquistado no primeiro semestre de 2023: o REDD+ Serra do Amolar, sob a gestão do IHP.  Com este projeto, o programa de sustentabilidade contribui com a proteção de uma área de mais de 135 mil hectares na região da Serra do Amolar, localizada em Corumbá (MS), que forma um corredor de biodiversidade para a onça-pintada e outras dezenas de espécies animais, compondo assim o primeiro projeto REDD+ com emissão de créditos de carbono no bioma Pantanal. Enquanto a ISA CTEEP é responsável pelo apoio técnico e financeiro, o IHP faz a gestão da área protegida e é responsável pela continuidade do projeto.


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