Telas para evitar travessia de animais estão ‘cheias de furos’ na BR-262; cercas custaram mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos
Para resolver o problema, em 2019 uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Paraná foi acolhida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e levada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O estudo avaliou que era necessário colocar as cercas.
A DNIT é uma autarquia federal vinculada ao Ministério dos Transportes, portanto o recurso usado foi dinheiro público.
A responsabilidade da instalação ficou a cargo da empresa que venceu o pregão da DNIT, porém não há nos documentos a descrição de quem deveria fazer a manutenção dos alambrados.
Ainda na época da instalação das telas os usuários reclamavam da fragilidade do arame, que por sua vez não suportou ao tempo.
As cercas fazem que os animais sigam por trajetos menos perigosos, como túneis e travessias superiores, que são chamados de corredores ecológicos.
Devido às perfurações nas telas, os animais têm atravessado a pista causando suas mortes e levando os condutores a sofrer acidente. A reportagem esteve no trecho e constatou a veracidade das denúncias.
Procurada, a Polícia Militar Ambiental (PMA) disse que a responsabilidade pela manutenção das telas é da DNIT.
A reportagem do Pantanal Oficial procurou a autarquia para saber o porque as telas não estão recebendo manutenção, mas até a publicação desta reportagem nenhuma resposta foi enviada.