Zoológico reintroduz jacaré em habitat natural
Cris Oliveira
Equipes do Zoológico Municipal de Volta Redonda e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) devolveram à natureza, nesta quarta-feira (18), um jacaré-de-papo-amarelo capturado no início do mês em Barra Mansa. O animal, encontrado em uma área de sítios e chácaras do bairro Santa Clara, foi reinserido em uma área de ocorrência da espécie dentro da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Estadual do Médio Paraíba, sob responsabilidade do Inea.
O biólogo do Zoo-VR, Almir Fraga Folly Junior, explicou que o jacaré, com cerca de um metro de comprimento do focinho à cauda, passou por avaliação da equipe do zoológico, que constatou estar saudável e apto para retorno à natureza. “Trata-se de um animal jovem que, em parceria com o Inea, devolvemos para uma área em que já existe a espécie e que suporta mais esse indivíduo. Para nós, do zoológico, é uma sensação de dever cumprido, pois entre nossos objetivos está reabilitar esses animais e permitir que possam retornar à vida livre”, afirmou.
Ricardo Wagner, gestor do Revis Estadual Médio Paraíba do Inea, destacou que a devolução de espécies em áreas de conservação visa restabelecer a fauna e o equilíbrio ecológico, priorizando locais seguros para evitar conflitos com seres humanos. “Para isso, o Zoológico de Volta Redonda tem apoiado imensamente nessas ações, tanto ao trabalhar as espécies que encontramos aqui quanto ao identificar a unidade de conservação ideal para reintrodução de espécies nativas”, disse Ricardo.
Não se aproxime de animais silvestres
O jacaré foi localizado por moradores de Barra Mansa, que acionaram as autoridades para a captura. Almir Fraga ressaltou que essa é a conduta correta ao encontrar um animal silvestre fora de seu habitat.
“Não se deve mexer com ele, pois é um animal silvestre. O correto é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, o Inea, a Guarda Municipal – se houver destacamento ambiental – ou a Guarda Ambiental, caso exista no município. Nunca se deve se aproximar desses animais, pois não sabemos como estão e isso pode ser arriscado para a pessoa e para o próprio animal”, orientou Almir.
