Seca no Pantanal: Ibama se prepara e reforça brigadas de incêndios
Divulgação/Corpo de Bombeiros
Equipes de combate aos incêndios do Ibama intensificaram as brigadas na região pantaneira de Mato Grosso do Sul. O preparo é para o período de seca que atingirá o bioma nos próximos meses.
Em entrevista ao Campo Grande News o representante do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), Marcio Yule, ressaltou que existe um plano de ação, vigente desde o início do atual governo, para minimizar e prevenir os incêndios florestais no Pantanal.
De acordo com ele, a estratégia de combate é baseada em três vertentes: prevenção, atuação e preparação. Na primeira, o Órgão irá até comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas para orientar os moradores sobre o tema. “A educação ambiental com as nossas equipes se dá em comunidades onde temos atuado na formação de brigadas voluntárias”.
Na fase de preparação, está incluso o aumento do contingente das brigadas. Em 2022, o Ibama contratou 110 brigadistas. Neste ano, serão 144. “Teve um aumento na brigada de Corumbá, mais 2 esquadrões e 14 brigadistas, lá vai ficar com 6 esquadrões no total”, disse.
Yule acrescentou que foram contratados três brigadistas de queima prescrita, um mês antes do contrato inicial. “Esse ano também contratamos quatro brigadas no mês de junho e três serão chamadas no começo de julho, totalizando as sete deste ano, em 2022 tinha seis”.
Além do contingente de Corumbá, o Prevfogo também está aumentando uma brigada na Terra Indígena Kadiwéu, que conta com uma área de quase 540 mil hectares. “Ela vai ser somada às duas brigadas que serão contratadas em julho”, disse Marcos.
Entre as estratégias para maior efetividade no combate aos incêndios no Pantanal estão veículos e equipamentos novos. Yule explicou que em Corumbá, município a 428 quilômetros de Campo Grande, as equipes receberam um caminhão chamado “auto bomba tanque florestal”.
Este ano, vamos receber também um caminhão de posto de comando móvel, que tem toda estrutura para realizar a operação dos combates não sediados na cidade. Ele pode ir nas fazendas e ficar lá como um posto de comando. Tem todos recursos para que possa funcionar e encaminhar as informações para coordenação nacional e parceiros”.
As equipes receberão cinco veículos UTV, utilizado no mata, que transportam até seis brigadistas. Dois já estão nos territórios indígenas e três ficaram em Corumbá.
