Onça Miranda, resgatada nas queimadas de 2024, reaparece com um filhote no Pantanal

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Uma cena rara e simbólica emocionou a equipe do projeto Onçafari: a onça-pintada Miranda, resgatada com queimaduras no Pantanal em 2024, foi flagrada com um filhote, saudável, na mata nativa. A imagem, captada por armadilhas fotográficas no último dia 21 de junho, representa um marco para a conservação da fauna brasileira e a eficácia das ações de reabilitação animal.

Miranda, resgatada em agosto de 2024, estava gravemente ferida por queimadas, no município de Miranda (MS). Escondida em uma manilha às margens de uma estrada e salva por uma força-tarefa envolvendo o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), o Gretap, o Ibama e a Polícia Militar Ambiental (PMA).

Após meses de tratamento intensivo no CRAS, Miranda recuperou totalmente a mobilidade e logo, solta novamente em seu habitat natural. Desde então, sua trajetória tem sido monitorada com o auxílio de um colar GPS/VHF, instalado pelo Onçafari em parceria com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), vinculado à Semadesc.

Maternidade confirma sucesso da reintegração

Os dados obtidos pelo colar permitiram acompanhar os padrões de comportamento de Miranda, como deslocamentos longos e pausas para caça e alimentação. Recentemente, os sinais apontaram um comportamento característico de toca — indício confirmado com o flagrante da onça acompanhada de um filhote recém-nascido.

“O caso de Miranda é a prova concreta de que, com conhecimento técnico e parcerias sólidas, conseguimos transformar situações de vulnerabilidade em histórias de sucesso”, afirmou André Borges, diretor-presidente do Imasul.

Para ele, a sobrevivência e a reprodução de Miranda são evidências do impacto direto das políticas públicas de preservação e da importância da cooperação institucional.

Uma história de esperança e regeneração

A gestora do CRAS, Aline Duarte, também destacou o valor simbólico do nascimento:

“Miranda não só sobreviveu aos incêndios, como se tornou mãe na natureza. Sua jornada é um lembrete poderoso da capacidade de regeneração da vida quando há apoio e proteção adequados.”

Por fim, desde o resgate até o momento atual, o caso da Onça Miranda, ilustra quando diferentes instituições se unem em prol da fauna silvestre. Ela é agora um símbolo de resistência do Pantanal, reforçando a urgência de proteger os animais impactados por desastres ambientais e ações humanas.

Fonte: Comunicação Imasul/Reprodução/Onçafari

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