Onças-pintadas não veem o ser humano como presa natural, diz biólogo

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O ataque fatal ocorrido em uma área rural de Aquidauana (MS) gerou atenção nacional e trouxe à tona o tema da convivência entre grandes felinos e comunidades humanas. Especialistas do Instituto Onça-Pintada reforçam que o comportamento predatório da onça em relação a seres humanos é incomum e que o contexto de cada caso precisa ser avaliado com cautela.

Leandro Silveira, fundador do Instituto Onça-Pintada afirma que as onças-pintadas se destacam entre os grandes felinos por apresentar comportamento mais reservado em relação a humanos.

“A onça não vê o ser humano naturalmente como uma presa natural…“

reforça, destacando que ataques são muito mais frequentes em espécies como tigres e leões.

O incidente em Aquidauana(MS)

O recente caso envolveu Jorginho, de 60 anos, que trabalhava como caseiro em uma propriedade particular enquanto coletava mel próxima ao deck do local. O ataque ocorreu na comunidade isolada no pesqueiro Touro Morto, no município de Aquidauana, no último dia 21.

No instagram, Leandro e seu filho Tiago Jácomo contextualizou a ocorrência.

“Se você for olhar as causas de mortes provocadas por animais e seres humanos, os grandes predadores, onça-pintada, por exemplo, é praticamente irrisório”.

A instituição citou o número significativamente maior de mortes causadas por mosquitos transmissores de doenças e animais peçonhentos, como escorpiões. Ainda assim, episódios envolvendo grandes predadores costumam gerar maior comoção pública.

Leandro também reforça:

“Existe uma memória evolutiva, um medo ancestral que acompanha a humanidade desde o período em que dividíamos o território com esses animais”.

Especialistas alertam que a análise de cada caso deve considerar fatores como oferta de alimento artificial (cevas), interferência humana no habitat e ausência de monitoramento ambiental. A investigação oficial segue em curso.

Instituto Onça-Pintada

O Instituto Onça-Pintada (IOP) é uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos, que atua diretamente na conservação das onças-pintadas e entre outras espécies. Para isso, a instituição desenvolve pesquisas científicas nos biomas onde a onça-pintada ocorre — como a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal e a Mata Atlântica — promovendo, assim, a conservação in situ.

Além disso, o instituto também trabalha com a conservação ex situ, por meio de seu Criadouro Conservacionista de Animais Silvestres. Dessa forma, combina ações em campo com programas em cativeiro, ampliando as possibilidades de proteção e manejo da espécie.

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