A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) atuaram juntos entre os dias 25 de março e 1º de abril para combater a extração ilegal de minérios em Colíder, Guarantã do Norte, Paranaíta e Alta Floresta, no norte de Mato Grosso. Durante a operação, os agentes vistoriaram 12 empreendimentos mineradores. Desses, 11 receberam multas que somam R$ 550 mil, e oito foram embargados por descumprirem normas ambientais.
Denúncias e imagens de satélite impulsionam ação
Denúncias enviadas ao Ministério Público e à Ouvidoria Setorial da Sema motivaram a operação. Além disso, dados gerados por imagens de satélite da plataforma Planet ajudaram a identificar áreas de extração em desacordo com a legislação. Técnicos da Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento cruzaram as informações, o que facilitou o mapeamento das atividades irregulares.
Equipamentos apreendidos reforçam medidas contra crime ambiental
De acordo com a SEMA, durante a fiscalização, os agentes apreenderam seis escavadeiras hidráulicas e dez motores com bombas d’água. A Sema repassou cinco dessas escavadeiras aos municípios, com o objetivo de fortalecer a infraestrutura pública. Os responsáveis pelos empreendimentos utilizavam os equipamentos ilegalmente, em áreas fora dos projetos aprovados ou sem qualquer tipo de licença.
Licença ambiental não impediu irregularidades
Quatro dos empreendimentos possuíam licença ambiental válida, mas desrespeitaram as condições do projeto aprovado. As infrações incluíam a extração ilegal de minérios também em áreas não autorizadas, uso indevido de maquinário e falta de medidas de contenção ambiental.
Segurança e logística garantiram sucesso da operação
O coordenador de Fiscalização de Empreendimentos da Sema, Thiago Queiroz, destacou a importância do apoio logístico das prefeituras locais e a estrutura da operação:
“Nessa operação de combate à extração mineral ilegal, foram observados todos os critérios relacionados à apreensão de bens, tendo como ponto principal a segurança da equipe. Os alvos fiscalizados estavam localizados relativamente próximos às sedes dos municípios, o que proporcionou a disponibilidade de rede de comunicação com as prefeituras, fornecendo apoio logístico e espaço físico para depósito das máquinas e motores apreendidos”, afirmou.
Sema reforça canal de denúncias
Por fim, a Sema segue monitorando novas denúncias e reforça que a extração mineral irregular compromete o equilíbrio dos ecossistemas, polui mananciais e ameaça comunidades locais. A população pode colaborar com a fiscalização denunciando atividades suspeitas por meio da ouvidoria do órgão ou diretamente ao Ministério Público.
Fonte: SEMA-MTPortal Pantanal Oficial
