Foto: reprodução/IBAMA
Uma operação conjunta da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) destruiu 17 balsas usadas no garimpo ilegal na Terra Indígena Kayabi, no norte de Mato Grosso. A ação ocorreu nesta terça (1º) e quarta-feira (2) às margens dos rios Teles Pires e São Benedito.
Ação repressiva contra crimes ambientais
Durante a Operação Kuri — nome que significa “ouro” em língua indígena — os agentes apreenderam 2 mil litros de combustível e ouro extraído ilegalmente. A Polícia Federal recolheu o material, mas não divulgou a quantidade exata do minério.
As investigações começaram em 2023. Imagens de satélite e denúncias de indígenas revelaram a degradação ambiental na região. O avanço da mineração ilegal assoreia os rios, contamina a água e ameaça diretamente a fauna, a flora e os povos que dependem desses recursos para subsistência.
Estratégia para desarticular garimpos ilegais
Os órgãos ambientais afirmam que destruir as balsas é uma estratégia eficaz para desarticular rapidamente as operações criminosas. Além disso, o garimpo ilegal não se resume apenas à poluição e ao desmatamento. Ele também envolve crimes como exploração de mão de obra, violência e invasão de terras protegidas.
A Terra Indígena Kayabi abrange áreas nos estados de Mato Grosso e Pará. Dessa forma, povos originários como os Kayabi, Apiaká e Munduruku vivem na região. O garimpo ilegal ameaça sua cultura e sobrevivência, além de provocar conflitos e degradação ambiental.
Novas fases da operação
Por fim, a Polícia Federal afirmou que novas fases da operação devem ocorrer para ampliar a repressão ao garimpo ilegal. Por esse motivo, os responsáveis podem responder por crimes ambientais e exploração ilegal de recursos minerais em terras indígenas.
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