A segunda fase da Operação Ágata Decápoda II revelou a gravidade da pesca ilegal na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. Em apenas uma semana de fiscalização, agentes ambientais do Ibama apreenderam 10 toneladas de pescado ilegal, entre camarões e tainhas capturados fora dos padrões legais. A ação contou com o apoio da Marinha do Brasil, Polícia Militar Ambiental e Polícia Federal.
Infrações vão além do pescado ilegal
Durante as inspeções, o Ibama constatou que embarcações operavam sem autorização e com armadilhas irregulares. No entanto, o volume de camarões pescados superava em até dez vezes o permitido por lei. Como agravante, uma indústria pesqueira em Rio Grande (RS) foi autuada por emitir 113 notas fiscais fraudulentas, o que levou à interdição imediata da empresa.
Além disso, a operação resultou na apreensão de:
- 65 redes de pesca ilegais
- 5 embarcações
- 1 navio lacrado no Porto do Quadrado, em Pelotas (RS)
- Emissão de Termo de Embargo à indústria envolvida
Presença da Marinha
O rebocador Tritão, navio da Marinha do Brasil, permaneceu ancorado durante toda a operação. Essa presença estratégica inibiu a ação de infratores e facilitou o trabalho das equipes em campo. Assim, a movimentação constante de agentes reforçou o sentimento de vigilância e contribuiu para desarticular redes ilegais na região.
De acordo com o Ibama, a safra de camarão em 2025 sofreu com condições climáticas adversas, o que estimulou práticas ilegais. A superexploração, somada à fraude comercial, ameaça diretamente a sustentabilidade dos recursos pesqueiros no estado.
Fonte: Comunicação IBAMA/GOV - Foto: DivulgaçãoPortal Pantanal Oficial
