
A partir deste sábado (01/02), a prática do “pesque e solte”, modalidade em que o peixe é capturado e devolvido vivo ao rio, estará liberada na calha do rio Paraguai. Essa liberação segue as diretrizes do Decreto Estadual nº 15.166/2019 e suas alterações. No entanto, o período de defeso, instituído para proteger a reprodução das espécies, permanece em vigor em outros rios de Mato Grosso do Sul até 28 de fevereiro.
Cuidados Necessários para o “Pesque e Solte”
A prática exige que os pescadores sigam regras específicas para garantir a preservação das espécies. Entre as exigências, destacam-se:
- O uso obrigatório de anzóis lisos e sem farpas;
- A devolução imediata do peixe ao mesmo local de onde foi retirado;
- Evitar ao máximo retirar o peixe da água para manuseio.
Essas medidas buscam reduzir o impacto sobre os peixes e aumentar suas chances de sobrevivência, promovendo uma pesca mais sustentável.
Restrições e Autorizações Necessárias
Apesar da liberação, o “pesque e solte” está restrito à calha do rio Paraguai. Sendo assim, a modalidade não é permitida em áreas como baías, lagoas marginais, banhados e outros cursos d’água conectados, assim como nas fozes dos afluentes. Além disso, os pescadores devem obter previamente a Autorização Ambiental para Pesca Amadora, emitida especificamente para essa modalidade. Portanto, sem essa licença, sua prática será considerada irregular.
Penalidades para Infrações
Quem não cumprir as normas pode enfrentar sérias consequências. A legislação prevê:
- Detenção de um a três anos para pescadores flagrados em irregularidades;
- Apreensão de materiais de pesca, embarcações, motores e veículos;
- Multas administrativas por descumprimento das regras.
Enfim, essas penalidades reforçam o compromisso com a preservação ambiental e a pesca sustentável na região.
Dicas para uma Pesca Responsável
Portanto, adotar boas práticas no manuseio dos peixes é essencial para minimizar danos à fauna aquática. Então, aqui vai algumas recomendações:
- Posição correta: Se precisar retirar o peixe da água, mantenha-o na posição horizontal e o devolva rapidamente.
- Manuseio mínimo: Evite tocar diretamente na pele do peixe para preservar a camada de muco protetor.
- Cuidado com o anzol: Caso o peixe engula o anzol, corte a linha rente à boca, sem tentar removê-lo à força.
- Proteja as brânquias: Nunca coloque as mãos nas guelras, pois elas são vitais para a respiração do animal.
- Evite o estresse: Solte o peixe com calma e de forma eficiente, reduzindo o risco de infecções.
De acordo com o Imasul, a liberação do “pesque e solte” visa equilibrar a prática da pesca esportiva com a preservação ambiental, especialmente durante o período de reprodução das espécies. Contudo, a técnica da área de pesca do Imasul, Fânia Campos, ressalta que é fundamental seguir as normas estabelecidas pelos Decretos Estaduais nº 15.166/2019 e nº 15.375/2020. Segundo ela, cada pescador deve fazer sua parte para garantir a sustentabilidade dos estoques pesqueiros, respeitando os tamanhos mínimos e máximos de captura e utilizando os petrechos permitidos.
Enfim, a liberação do “pesque e solte” no rio Paraguai representa uma oportunidade de incentivar a pesca esportiva sem comprometer a biodiversidade local. Por outro lado, o cumprimento das normas é indispensável para preservar o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.Praticar a pesca de forma consciente é essencial para garantir a manutenção das espécies e a saúde dos rios. Ao seguir as orientações, os pescadores podem desfrutar dessa atividade de forma sustentável e responsável.
Para mais informações acesse : www.imasul.ms.gov.br/Imasul
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