Atualmente, apenas 3% da área do Pampa possui proteção, enquanto pelo menos 50% já sofreu algum tipo de impacto. Além disso, fatores como temperatura, radiação solar e chuvas afetam diretamente a biodiversidade local.
Uma pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular (PPGBM) da UFRGS analisou como as mudanças climáticas influenciam a distribuição das espécies no bioma. Para isso, a pesquisadora Isadora Quintana utilizou modelos climáticos e projetou o futuro da vegetação em dois cenários distintos. O primeiro, considerado moderado (RCP 4.5), prevê um aumento de 2 ºC a 3 ºC até 2100. Já o segundo, mais severo (RCP 8.5), estima um crescimento de até 4,3 ºC na temperatura global.
Segundo Quintana, “o clima passado não é exatamente o que define a biodiversidade do Pampa. Ele é um fator presente, mas existem outros elementos, como o solo e os polinizadores, que podem ser os principais delimitadores da biodiversidade do Pampa”.
As projeções para 2070 indicam uma perda significativa de habitat para a maioria das espécies analisadas. No cenário mais pessimista, seis das oito plantas estudadas sofreriam uma forte redução em sua área de ocupação. Por outro lado, duas espécies apresentariam comportamento inverso, expandindo sua distribuição territorial.
Diante desse cenário, o estudo reforça a necessidade de medidas urgentes para preservar a biodiversidade do Pampa. Portanto, com o avanço das mudanças climáticas, estratégias de conservação e restauração ambiental tornam-se cada vez mais alarmantes.
Confira a máteria completa aqui. Fonte: UFRGS Foto: (Petunia axillaris,Isadora Quintana)