Foto: José Medeiros/Gcom/MT
Pesquisadores investigam a presença de fungos na Gruta da Lagoa Azul, localizada em Nobres, a 151 km de Cuiabá. Esse paraíso natural, fechado ao turismo há 23 anos, passa por análises para garantir a segurança ambiental e humana antes de uma possível reabertura.
Representantes do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), do município e das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema e Sinfra) discutiram o tema em uma reunião nesta quinta-feira (20). O encontro abordou medidas de fiscalização e os próximos passos para regularizar o acesso à gruta.
A Sema solicitou à empresa responsável pelo plano de manejo original de 2017 que investigue a presença de fungos no local. Um conselho consultivo avaliará o projeto e o orçamento após a conclusão da análise. Enquanto isso, a Sema realiza, com recursos próprios, o monitoramento da qualidade da água da região. Essa ação busca proteger os recursos hídricos e garantir a segurança ambiental.

Riscos e desafios na Gruta da Lagoa Azul
O ambiente da Gruta da Lagoa Azul favorece o desenvolvimento de organismos potencialmente prejudiciais à saúde humana. A caverna abriga aranhas, morcegos, carrapatos e diversos insetos. Pesquisadores identificaram fungos no interior da gruta que podem representar riscos à saúde.
Além disso, há vetores de doenças graves no local, como a Doença de Lyme e a Febre Maculosa, transmitidas por carrapatos, e a Leishmaniose, causada por mosquitos. Esses riscos reforçam a necessidade de um monitoramento constante e de protocolos rígidos para a reabertura segura do local.
A importância da preservação e fiscalização
A Lagoa Azul está temporariamente interditada enquanto o município de Nobres e o Governo de Mato Grosso realizam obras previstas no plano de manejo. O objetivo é reabrir a área de forma sustentável, preservando o ambiente e evitando novos danos. Assim, a fiscalização foi intensificada para combater passeios clandestinos e proteger a área. Agentes monitoram diariamente as áreas mais vulneráveis para evitar impactos negativos na fauna e flora locais.
Com formação rochosa e águas cristalinas de tom azul, a lagoa é resultado do afloramento do lençol subterrâneo de água, pois a composição (da água), rica em carbonato de cálcio e magnésio, contribui para a coloração única e o fascínio turístico da gruta.
O futuro da Gruta da Lagoa Azul depende das análises científicas e das ações conjuntas entre poder público e sociedade. Dessa forma, a reabertura segura pode equilibrar turismo sustentável e conservação ambiental, valorizando um dos patrimônios naturais mais icônicos de Mato Grosso.
Fonte: G1
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