A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Campo Grande flagrou, no último sábado (3), a realização de uma rinha de galos em uma chácara no município de Terenos (MS). A operação aconteceu após o recebimento de uma denúncia anônima relatando a prática criminosa e a presença de apostas ilegais no local.
Após levantamento prévio realizado pela equipe de inteligência da PMA, os policiais se deslocaram até a propriedade e flagraram a atividade em andamento. Nos fundos da chácara, diversos participantes consumiam bebidas alcoólicas enquanto assistiam às lutas entre os galos em ringues improvisados.
Maus-tratos e material ilegal apreendido
Ao todo, 86 galos foram encontrados em condições de maus-tratos. Muitos estavam confinados em gaiolas de madeira inadequadas, sem acesso à água ou alimento. Um dos animais estava morto, escondido nos fundos do galpão. A prática fere diretamente o artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/1998, que trata dos crimes ambientais.
Durante as buscas, com autorização do proprietário da chácara — que também era o organizador do evento — os policiais encontraram uma espingarda calibre 36, modelo 651 Remington CBC, 18 cartuchos intactos, além de espoletas, pólvora e cartuchos deflagrados.
Além do organizador, outros quatro homens foram identificados como tutores dos galos usados nas rinhas. Com eles, a PMA encontrou quantias em dinheiro destinadas a apostas ilegais.
Prisão e multas aplicadas
Todos os cinco homens receberam voz de prisão e conduzidos à Delegacia de Polícia Civil. A Polícia Militar Ambiental lavrou autos de infração ambiental que totalizaram R$ 58.000,00 em multas:
- R$ 54.400,00 ao organizador do evento
- R$ 3.600,00 aos quatro envolvidos restantes (R$ 900,00 cada)
Além disso, o proprietário da chácara também tinha posse irregular de arma de fogo.
Os 86 animais foram deixados sob a guarda dos tutores, na condição de fiéis depositários, até que sejam recolhidos conforme os trâmites legais.
Combate contínuo aos crimes contra a fauna
A Polícia Militar Ambiental reforça que a rinha de galos é uma prática criminosa e extremamente cruel, que causa sofrimento, mutilações e, frequentemente, a morte dos animais. Por fim, a corporação mantém ações contínuas de combate a crimes contra a fauna silvestre, em defesa do bem-estar animal e do cumprimento rigoroso da legislação ambiental.
