Polícia não encontra marcas de tiro em sucuri morta no rio Formoso em MS

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Reprodução/Mídiamax

Uma equipe de investigadores da Polícia Militar Ambiental (PMA) realizou uma análise preliminar na sucuri Anajúlia, de 6,5 metros, encontrada morta às margens do rio Formoso, no município de Bonito, a 247 quilômetros de Campo Grande. O ocorrido, reportado no último domingo (24), gerou indignação entre fotógrafos e ambientalistas locais.

De acordo com as primeiras investigações, não foram encontradas perfurações ou indícios de tiros na cobra. O delegado titular da Polícia Civil de Bonito, Pedro Ramalho, anunciou que ele e uma equipe de peritos irão realizar uma perícia detalhada na sucuri nesta terça-feira (26) para esclarecer as circunstâncias da morte.

Ramalho alertou que se for comprovado que a sucuri foi morta por ação humana, o responsável enfrentará acusações criminais por crime contra a fauna. O comandante da PMA, coronel José Carlos Rodrigues, enfatizou que o autor do crime poderá ser punido com detenção de seis meses a um ano, além de uma multa que pode chegar a R$ 500 mil, conforme previsto pela legislação ambiental.

Após a perícia, a sucuri será levada para Campo Grande, onde passará por um processo de embalsamamento para preservar sua aparência e características. Rodrigues anunciou que o animal fará parte do acervo de animais taxidermizados da Polícia Militar Ambiental e será exibido em futuras exposições.

O assassinato de Ana Júlia causou consternação entre fotógrafos e ambientalistas da região. Cristian Dimitrius, fotógrafo e documentarista que mantinha uma longa conexão com a sucuri, expressou sua revolta nas redes sociais, compartilhando fotos do animal e lamentando a ação humana.

Ana Júlia, como era carinhosamente chamada, tornou-se uma presença familiar nas filmagens de Dimitrius ao longo de quase duas décadas. O animal, que chegou a ser tema de documentários, era conhecido por sua interação única com os cinegrafistas e contribuiu para pesquisas sobre sua espécie.

A morte da sucuri foi recebida com choque e tristeza por aqueles que acompanhavam suas aparições e interações na região. A indignação diante do crime ambiental levou a apelos por justiça e à promessa de investigação por parte de Dimitrius e seus seguidores.

“Essa sucuri foi personagem de vários documentários e foi morta por um estúpido sem noção. Que época vivemos onde esses crimes ainda ocorrem?”, questionou um seguidor, refletindo a perplexidade diante do trágico acontecimento.

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