PMA de Coxim apreende armas e peixe ilegal durante operação no Rio Jauru
A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Coxim intensificou a fiscalização na região do Barro Branco, às margens do Rio Jauru, como parte da Operação Piracema. A ação, focada no combate à pesca predatória e outras infrações ambientais, resultou na apreensão de armas de fogo, munições e pescado capturado de forma ilegal.
Durante uma vistoria em um rancho de pesca, os policiais encontraram um freezer contendo dois exemplares de pintado, pesando juntos 17 kg. Os peixes, que apresentavam sinais claros de captura com petrechos proibidos, como redes, estavam em desacordo com a legislação vigente. Um dos exemplares tinha 0,82 centímetros, abaixo do tamanho mínimo permitido por lei, o que caracteriza a prática de pesca predatória.
Além dos peixes, foram localizadas três espingardas — uma de calibre 28 e duas de calibre 32. Uma das armas estava com a numeração adulterada, e junto a elas, 119 cartuchos de munição. O rancho estava vazio no momento da abordagem, e, ao ser questionado, o proprietário do imóvel informou que não utilizava o local há cerca de dois anos, mas que, na véspera da operação, havia permitido que um vizinho guardasse um freezer e outros objetos no imóvel.
Após identificar o vizinho, os policiais o confrontaram em seu rancho. Inicialmente, o homem negou qualquer envolvimento com os itens encontrados, mas acabou confessando ser o responsável pelos peixes e pelas armas apreendidas. Ele foi autuado administrativamente e multado em R$ 2.740,00 por pesca predatória em período de defeso. Além da multa, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Coxim, onde responderá pelos crimes de pesca predatória e posse ilegal de arma de fogo.
A PMA destacou a importância do período de defeso, que visa proteger as espécies em fase de reprodução, como medida essencial para a preservação da ictiofauna do Pantanal. A prática de pesca predatória é considerada crime ambiental, de acordo com a Lei Federal nº 9.605/1998, e pode resultar em penas de prisão de um a três anos, além de multas que podem ultrapassar R$ 100 mil, sem contar o valor adicional de multa por cada quilo de pescado irregular.
A operação faz parte do esforço contínuo da PMA no combate à pesca ilegal e à proteção do meio ambiente, em especial no contexto do período crítico de Piracema, quando muitas espécies de peixe, como o pintado, estão em fase de desova.