Polícia investiga possível morte de onça-pintada no MS
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A delegacia da Polícia Civil de Miranda, cidade do pantanal sul de Mato Grosso do Sul, está responsável pela investigação de um possível assassinato de uma onça-pintada (Panthera onca). O animal era monitorado pelo Instituto Reprocon em parceria com o Instituto Onça Pintada, que registrou o caso após o colar de monitoramento emitir um alerta de “mortalidade” em 5 de janeiro.
O colar foi localizado amarrado em um saco, embaixo de uma ponte, dentro do rio Miranda, às margens da BR-262, na região conhecida como morro do Azeite. O equipamento estava cortado, o que foi considerado mais um indicativo de que a onça pode ter sido morta.
A onça desaparecida é um macho, de aproximadamente 109 quilos e seis anos. Ela foi capturada em dezembro de 2022 e era monitorada pelos pesquisadores do Reprocon, que estuda mais oito felinos da espécie na mesma região.
De acordo com o pesquisador do Reprocon e professor de Ciências Veterinárias da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Gediendson Ribeiro de Araújo, se for confirmada a morte, essa onça é o quarto animal monitorado assassinado na região. “Em 2021, duas onças foram envenenadas. Estamos buscando formas de conseguir conscientizar as pessoas, pois todos sabem que é crime matar um animal silvestre. Porém, existe esse conflito muito grande da onça com os criadores de gado, levando a essa retaliação. O Estado precisa ter maior atenção quanto a esta situação, pois o problema sempre existiu nesta localidade e interfere no turismo de observação, que atrai muitos visitantes”.
A Polícia Federal também foi acionada e as buscas pelo animal seguem por toda a região.
Caçar é crime
Matar animal silvestre é crime previsto em lei (Lei nº 9.605/1998) e, além de multa, a pena é de detenção de seis meses a um ano. A pena é aumentada em metade do tempo no caso de envolver espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada. A Panthera onca está classificada como “vulnerável” na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.
Fonte: Fauna News
