
O presidente do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), Arnaud Desbiez, ressalta que a movimentação humana ainda é um fator chave que afeta direta e indiretamente o comportamento dos animais silvestres, causando um efeito quase tão grande nos animais quanto a alteração do habitat natural das espécies.
“Ao avaliar os impactos humanos no comportamento animal, ou quando formos pensar em medidas de mitigação, é preciso levar em consideração não só a estrutura física da paisagem, mas também a presença e circulação humana naquela área”, disse Arnaud.
Para os pesquisadores, o estudo permite maior entendimento do efeito da degradação ambiental e da presença humana, o que ajudará na implementação de medidas pontuais de conservação para a mitigação dos impactos causados pela circulação das pessoas, como, por exemplo, estratégias para ajustar os horários, frequência e volume do tráfego em áreas importantes com a presença e a movimentação de fauna silvestres.
“Os animais ainda não estão habituados à presença humana, mas seguem com capacidade de responder a mudanças de comportamento do homem. Estes dados são fundamentais para o desenvolvimento de novas estratégias de mitigação que possam manter a movimentação dos animais e de todos os benefícios associados a essa questão que afeta a vida de todos”, informa o estudo. (com informações do Midiamax)