Foto: Mairinco de Pauda
Sustentabilidade como motor do desenvolvimento
Projetos de carbono neutro e biodiversidade podem transformar produtores do Pantanal em produtores da natureza, garantindo que a preservação ambiental se torne também um modelo econômico viável. Durante um evento no Receptivo, especialistas apresentaram duas iniciativas inovadoras ao governador Eduardo Riedel: o crédito de biodiversidade do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e a certificação da Fazenda Cristal como propriedade de carbono neutro.
Com essas ações, Mato Grosso do Sul avança em direção ao Estado Carbono Neutro 2030. Além de reduzir os impactos ambientais, essas iniciativas criam novas oportunidades de renda para os produtores locais, tornando a conservação um investimento estratégico.
Fazenda Cristal e o modelo de carbono neutro
A Fazenda Cristal, localizada no Pantanal, adotou um modelo pioneiro de florestamento, convertendo áreas de pastagem em formações nativas de bambu. Esse processo, conduzido pela VERTecotech, aumenta a remoção de CO₂ da atmosfera e fortalece a regeneração do bioma.
Além disso, a iniciativa promove a restauração completa da vegetação nativa. Dessa forma, os produtores não apenas minimizam os impactos ambientais, mas também contribuem diretamente para a redução dos efeitos do aquecimento global. Como resultado, a fazenda se torna um exemplo de como a pecuária e a conservação podem coexistir.
Crédito de biodiversidade e preservação da onça-pintada
O Instituto Homem Pantaneiro apresentou uma inovação inédita no Brasil: o crédito de biodiversidade voltado à preservação da onça-pintada. Esse mecanismo recompensa financeiramente quem protege ecossistemas naturais e espécies nativas, tornando a conservação ambiental um ativo econômico.
O projeto abrange uma área de 50 mil hectares na Serra do Amolar e envolve três Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Além disso, quatro comunidades ribeirinhas, totalizando 57 famílias, participam da iniciativa. A parceria com a Regen Network e a Okala permite que os créditos de biodiversidade sejam adquiridos por empresas e indivíduos, ampliando o alcance do projeto e incentivando novas adesões.
Incentivo à preservação e valorização do produtor
Além de proteger o meio ambiente, essas iniciativas fortalecem a economia local. Com o crédito de biodiversidade e a certificação de carbono neutro, os produtores pantaneiros diversificam suas fontes de renda sem comprometer a natureza.
Projetos de carbono neutro e biodiversidade podem transformar produtores do Pantanal em produtores da natureza, agregando valor ao trabalho desses profissionais. Dessa forma, ações como o reflorestamento, a preservação de nascentes e a proteção de espécies ameaçadas passam a ser reconhecidas e recompensadas no mercado global.
Mato Grosso do Sul como referência em sustentabilidade
O secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, destacou que MS está consolidando um modelo sustentável de desenvolvimento. Segundo ele, as iniciativas já demonstram que é possível equilibrar progresso econômico, conservação ambiental e inclusão social.
Com o apoio do governo e de instituições especializadas, os produtores pantaneiros integram um mercado global que valoriza a preservação da biodiversidade. Assim, Mato Grosso do Sul se fortalece como referência internacional em sustentabilidade, garantindo que a conservação da natureza seja um pilar essencial para o futuro do estado.
Por, SEMADESC
Pantanal Oficial