Cerrado sul-mato-grossense e o Pantanal apresentam dados positivos em 2025, com uma redução significativa nas áreas queimadas e focos de incêndio, comparado ao mesmo período de 2024. Segundo dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC), no primeiro semestre deste ano, o Cerrado teve uma redução de 51,3% na área queimada, passando de 56.952 hectares para 27.734 hectares. O número de focos de incêndio também caiu de 936 para 493, representando uma diminuição de 47,3%.
Resultados positivos
No Pantanal, a redução foi ainda mais expressiva. A área queimada caiu 92,8%, passando de 595.728 hectares em 2024 para apenas 42.840 hectares entre janeiro e junho de 2025. Os focos de incêndio diminuíram 98,2%, caindo de 2.753 para apenas 50.
Esses números são um reflexo positivo dos esforços de prevenção e combate a incêndios, com destaque para a atuação do Corpo de Bombeiros Militar, que desde o começo de 2025 tem investido pesadamente na preparação e prevenção de incêndios no Pantanal e Cerrado. Até agora, 1.038 ocorrências foram atendidas, uma redução de 59% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 2.532 ocorrências.
Além disso, a redução nos incêndios em Unidades de Conservação foi de 89,6%, enquanto nas Terras Indígenas os números foram ainda mais impressionantes, com 100% de queda na área queimada. Esses dados demonstram a eficácia das estratégias de proteção ambiental e manejo sustentável.


Contudo, apesar da queda significativa nos incêndios em 2025, especialistas alertam para a crescente pressão das mudanças climáticas e a ação humana.
Em 2024, o governo do estado chegou a declarar situação de emergência. O motivo, o aumento drástico dos incêndios no bioma, que superaram até os índices de 2020, quando o Pantanal sofreu a maior devastação registrada. Ações coordenadas entre o Exército, Bombeiros, o ICMBio e a Força Nacional foram essenciais para combater os incêndios. No entanto, a prevenção contínua e o monitoramento constante são fundamentais para evitar a repetição desses cenários catastróficos.
Fonte: semadesc/CEMTEC, com informações de G1-MS