A onça-pintada Leventina já enfrentou vários desafios e se tornou um símbolo em premiação de concurso de fotografia. Com meses de vida, o felino foi rejeitado pela mãe e precisou aprender a sobreviver sozinho no Pantanal.
Uma foto da onça-pintada, ainda filhote e na toca da mãe, Ferinha, foi a grande vencedora do concurso fotográfico do XI Congresso Brasileiro de Mastozoologia, na categoria “Vida Livre”.
O biólogo e coordenador científico da Organização Não Governamental (ONG) Onçafari, Edu Fragoso, é o autor do clique. Ele disse que a foto faz parte de um monitoramento da organização que avalia o tamanho real de ninhadas de onças-pintadas na natureza e a sobrevivência de filhotes até a independência.
“Usamos alguns critérios para acessar as ‘tocas’ das onças, de modo a evitar a descaracterização e manter a camuflagem do local, também fazendo o procedimento mais seguro possível. Essas são informações de extrema relevância para a conservação da espécie e podem ser utilizadas em planos de ação nacionais”, disse ao G1MS.
Leventina tinha cerca de cinco dias na época da foto. “Esse processo todo durou poucos minutos, e logo deixamos o local”, conta.
A onça-pintada estava com outro filhote na toca. “Nos primeiros 4 meses, a Ferinha perdeu um dos filhotes, e apenas a Leventina sobreviveu”, disse.
Fragoso contou que duas equipes são usadas no monitoramento. Enquanto uma acompanha a mãe, a outra vai até o local da toca.
“Através do monitoramento com colar, sabíamos que a Ferinha havia tido filhotes. Eu fiquei monitorando essa ‘toca’ por cerca de 5 dias consecutivos. No dia que a Ferinha saiu e se afastou da ‘toca’, um outro biólogo ficou monitorando a mãe enquanto entrávamos no local”, explicou.