O Rio Paraguai registrou nesta terça-feira (10) o nível de 3 metros em Ladário, Mato Grosso do Sul, marcando uma recuperação significativa após o recorde negativo de -69 centímetros atingido em outubro de 2024. A medição, realizada pela estação fluviométrica do Serviço Geológico do Brasil (SGB), reflete o aumento das chuvas nos últimos sete meses e a lenta, porém importante, recuperação hídrica do Pantanal.
Especialistas e pantaneiros relatam o ressurgimento de corixos, baias e até de rios antes secos, como o Abobral. Em algumas regiões, o excesso de água já impede a chegada de caminhões às fazendas, e o gado precisa atravessar áreas alagadas até os portos e leilões.
Em máteria publicada por Campo Grande News, segundo Armando Lacerda, produtor rural da região de Porto São Pedro (MT): o fluxo das águas provenientes de Cáceres continua forte e deve manter a elevação do nível do rio até julho.
As cheias já provocam transbordamentos pontuais em trechos de barranco baixo e são vistas como sinal positivo para conter incêndios florestais no segundo semestre, conforme avaliação do presidente do Instituto Homem Pantaneiro, Ângelo Rabelo.

Em fevereiro, o rio chegou a marcar 4,54m em Cáceres (MT), superando o pico de 3,86m de 2024, embora ainda abaixo dos anos anteriores. Com isso, o SGB classifica como “estável” o nível atual do Rio Paraguai, inclusive em Porto Murtinho, que também apresentou elevação significativa.
Para a Embrapa Pantanal, que ainda não divulgou seu prognóstico anual, se registra uma cheia normal quando o rio ultrapassa os 4,0m em Ladário. Apesar disso, os dados recentes apontam um 2025 mais favorável em termos de umidade e recuperação ecológica da planície pantaneira.
Fonte: Campo Grande News
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