Rio Vermelho bate recorde histórico de baixa em Rondonópolis e acende alerta para crise hídrica

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O nível do Rio Vermelho, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, atingiu um novo recorde histórico de baixa. Segundo medição da Defesa Civil realizada na quinta-feira (31), o rio está com apenas 1,13 metro de profundidade, quando o esperado para essa época do ano seria 3 metros — ou seja, 1,87 metro abaixo do nível ideal.

Em outubro de 2024, o rio também já havia registrado níveis baixos, com profundidade de 1,20 metro.

📉 Queda contínua e lenta recuperação

De acordo com um relatório técnico da Superintendência de Averbação e Cartografia da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, o Rio Vermelho vem apresentando declínios contínuos em sua profundidade desde 2023, especialmente no período de estiagem, entre junho e setembro.

O documento aponta que a recuperação do nível do rio nessa época do ano é lenta, devido à irregularidade das chuvas e à diminuição da água escoada ao longo do seu curso.

🚨 Impactos para a população e meio ambiente

Segundo o superintendente municipal Ricardo Amorim, o baixo nível do Rio Vermelho impacta diretamente a sustentabilidade local e as comunidades da região, já que o rio abastece cerca de 50% da população de Rondonópolis.

O relatório técnico lista principais causas da escassez:

  • 🚣 Redução da vazão natural do rio;
  • ☀️ Estiagem prolongada;
  • 🚿 Uso intensivo da água para irrigação agrícola;
  • ⛲ Exploração inadequada de aquíferos subterrâneos;
  • 🌳 Falta de proteção nas nascentes e matas ciliares;
  • 🌪️ Impactos diretos das mudanças climáticas.

🌱 Medidas urgentes e recomendações

A Prefeitura de Rondonópolis, de acordo com Ricardo Amorim, está planejando medidas sustentáveis para enfrentar a crise hídrica. O relatório recomenda ações como:

  • Reflorestamento e recuperação de APPs (Áreas de Preservação Permanente);
  • Proteção das nascentes e áreas de recarga da bacia hidrográfica;
  • Planos de contingência para estiagens e cheias;
  • Campanhas de conscientização sobre economia de água;
  • Tecnologias de reuso e eficiência hídrica na agricultura;
  • Pesquisa e implantação de fontes alternativas de abastecimento para reduzir a dependência do Rio Vermelho.

O alerta é claro: se medidas urgentes não forem adotadas por órgãos públicos e pela sociedade, os impactos podem se tornar ainda mais severos nos próximos anos, comprometendo a segurança hídrica, ambiental e econômica da região.

Fonte: G1-MT 
Foto:  Kawê Pires - Gcom

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