Com a elevação dos casos de incêndio veicular em Mato Grosso, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMMT) reforçou o trabalho de orientação à população. De janeiro até meados de abril de 2025, a corporação já atendeu 137 ocorrências envolvendo veículos de passeio e de carga, em áreas urbanas e nas rodovias.
“Temos registrado um número expressivo de incêndios em veículos, tanto na área urbana quanto nas rodovias. Em 2024, foram aproximadamente 560 casos. E, apenas nos primeiros meses de 2025, já ultrapassamos a marca de 100 ocorrências. Recomendamos que, ao se deparar com uma situação dessas, seja no próprio veículo ou em algum nas proximidades, a população acione imediatamente os bombeiros”, afirmou o major Rivaldo Miranda de Andrade, da Diretoria Operacional do CBMMT.
Manutenção preventiva é essencial
As causas mais frequentes dos incêndios são a falta de manutenção preventiva, falhas elétricas e o superaquecimento do motor. No caso de veículos de carga, o material transportado pode acelerar ou até provocar as chamas.
Assim explica o Major:
“Desde 2015, o Código de Trânsito Brasileiro deixou de exigir o extintor de incêndio como item obrigatório em veículos. No entanto, seguimos recomendando seu uso. O extintor é um recurso importante para prevenção e resposta inicial, desde que utilizado corretamente, apenas em casos de princípio de incêndio, quando ainda é possível controlar as chamas com segurança”
Como agir diante de um incêndio veicular
A primeira medida indicada pelos bombeiros é sair do veículo e se afastar com segurança. Em seguida, o motorista deve acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193. Em estágios iniciais, o uso do extintor pode ajudar — desde que as chamas ainda estejam sob controle.
Porém, se o incêndio estiver avançado, o motorista não deve abrir o capô, pois a entrada de oxigênio pode piorar o fogo. Em veículos elétricos ou híbridos, a orientação é nunca utilizar água para o combate às chamas, evitando curtos-circuitos e explosões.
Carga perigosa exige cuidado redobrado
Nos casos de caminhões com carga em chamas, o condutor só deve tentar desacoplar o cavalo mecânico do semirreboque se houver treinamento específico e distância segura. Se não for possível garantir essas condições, o motorista deve abandonar o local e buscar ajuda especializada imediatamente.
“O Corpo de Bombeiros Militar reforça a importância da manutenção preventiva dos veículos e de manter a calma para agir corretamente em situações de emergência para evitar tragédias”, assim concluiu o major Rivaldo.
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