Sanesul alerta para uso consciente da água em Corumbá

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Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) tem reiterado seus alertas sobre a crise hídrica sem precedentes que assola o estado, instando autoridades e a população a adotarem medidas imediatas para garantir a sustentabilidade do abastecimento de água. A situação, descrita como uma das mais secas e prolongadas dos últimos anos, especialmente impactante na região do Pantanal, requer ações urgentes para mitigar seus efeitos devastadores.

Desde fevereiro deste ano, quando o diretor-presidente Renato Marcílio emitiu um alerta inicial, a Sanesul tem intensificado seus esforços. Um grupo de trabalho foi estabelecido para monitorar de perto a situação em municípios como Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Aquidauana e Anastácio, áreas particularmente afetadas pela escassez hídrica. Esses esforços foram fundamentados no boletim extraordinário do Serviço Geológico do Brasil, que projetou um déficit hídrico significativo na bacia do Rio Paraguai devido às chuvas abaixo da média.

“A situação é preocupante. Se as precipitações não se recuperarem nos próximos meses, corremos o risco de repetir os níveis críticos observados em 2020”, alertou Marcílio, referindo-se ao mínimo histórico de 32 cm registrado no Rio Paraguai em Ladário naquele ano.

Em resposta à iminente crise, a Sanesul implementou diversas iniciativas. Medidas de conservação de água foram promovidas ativamente entre a população, incentivando práticas de uso consciente e redução do desperdício. Além disso, foram adotadas ações operacionais, como o controle rigoroso de vazamentos e o gerenciamento eficiente da distribuição de água tratada, especialmente em áreas urbanas como Corumbá, onde os sistemas foram adaptados para maximizar a eficiência em condições adversas.

Elthon Santos Teixeira, gerente de Desenvolvimento Operacional da Sanesul, destacou a importância do monitoramento contínuo dos mananciais de água e das medidas preventivas adotadas desde o início do ano para enfrentar a severidade da seca prevista.

A crise também teve impacto ambiental significativo, exacerbado pelos incêndios que assolaram mais de 661 mil hectares do Pantanal este ano, conforme relatório do LASA-UFRJ. A combinação de temperaturas elevadas e baixos índices de precipitação cria um cenário desafiador, com previsões que indicam que a umidade do solo na região está entre as mais baixas desde 1951.

Diante desse contexto, o diretor Comercial e de Operações da Sanesul, Madson Valente, enfatizou que o engajamento da comunidade é crucial para preservar os recursos hídricos e garantir o abastecimento sustentável de água potável para todos os sul-mato-grossenses.

Com o estado de emergência decretado pelo governador Eduardo Riedel, a mobilização para enfrentar a crise hídrica se intensifica. A Sanesul, junto com as autoridades competentes, continua comprometida em adotar todas as medidas necessárias para proteger o acesso à água e mitigar os impactos desta crise sem precedentes.

Por fim, a conscientização e a cooperação de todos são essenciais para enfrentar esse desafio coletivo e garantir um futuro sustentável para as gerações futuras em Mato Grosso do Sul.

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