Uma câmera de monitoramento da RPPN Sesc Pantanal captou um flagrante impressionante: o socó-boi (Tigrisoma lineatum) com uma traíra presa no bico. Em um momento marcante, a ave até para para exibir sua traíra recém-abocanhada, como se apresentasse seu sucesso diante das câmeras.
Mestre da camuflagem, o socó-boi caça em silêncio
Com plumagem listrada e postura imóvel, o socó-boi domina a arte de se esconder entre os galhos e margens alagadas. Discreto e eficiente, caça principalmente nos momentos de menor luminosidade, como o entardecer e o amanhecer.
O flagrante confirma o comportamento típico da espécie, que permanece estática por longos períodos antes de atacar com movimentos rápidos e certeiros.
“O nome ‘socó-boi’ vem do som grave que emite, muitas vezes confundido com o esturro de uma onça-pintada”, explica a equipe do Sesc Pantanal no instagram.
Monitoramento revela segredos da vida selvagem pantaneira
Esse registro faz parte de um amplo trabalho de monitoramento realizado pelo Sesc Pantanal em parceria com o Museu Nacional (UFRJ), UFRGS e o Grupo de Estudos em Vida Silvestre (GEVS). A equipe monitora o comportamento de diversas espécies na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, a maior unidade de conservação privada do Brasil.
Assim, as imagens reforçam o valor das RPPNs como verdadeiros refúgios para a fauna sul-americana e evidenciam a importância da ciência cidadã na proteção de ecossistemas frágeis.
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