No Pantanal, a revoada das garças é muito mais do que um espetáculo visual: é um símbolo da resiliência e do funcionamento do ecossistema local. Observadas em bandos que retornam ao descanso no final da tarde, essas aves — como a garça-vaqueira — realizam esse movimento por segurança em grupo, reduzindo o risco de predadores
Após os incêndios de 2020, o retorno das garças a áreas antes devastadas foi visto como um forte sinal de recuperação ambiental. O campo regenerou-se, a água voltou e as garças retornaram — uma demonstração viva da capacidade de recuperação das zonas úmidas pantaneiras.
Belissímo registro de Luiz Mendes:
Além disso, o Pantanal, que possui mosaicos de ambientes alagados e secos influenciados pelas cheias, é essencial para diversas espécies aquáticas. As revoadas acontecem de forma sincronizada com o ciclo anual das cheias e vazantes, com maior concentração de aves no fim da tarde .
Esses momentos de revoada são importantes também para os observadores e turistas, pois revelam comportamentos naturais como a caça cooperativa e a busca por alimento antes do repouso — um verdadeiro ballet orquestrado pela natureza
Essas aves ajudam ainda na implementação de projetos de turismo sustentável, reforçando a proteção das áreas úmidas como patrimônio natural e fonte de renda local.
🎯 Em resumo:
- A revoada é uma estratégia de proteção coletiva em bandos;
- Indica recuperação de áreas afetadas por incêndios, demonstrando resiliência;
- Está sincronizada com o ciclo hídrico do Pantanal;
- Favorece o ecoturismo e promove a conservação das zonas úmidas.
A revoada das garças no Pantanal não é apenas bela, mas um testemunho do equilíbrio do bioma e da importância de sua conservação.