Durante uma saída de campo na zona rural de Aquidauana (Mato Grosso do Sul), a equipe do Pantanal Oficial foi surpreendida com uma cena rara e emocionante. Um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) carregando seu filhote no dorso, em plena paisagem pantaneira.
A espécie, símbolo da fauna sul-americana, possui hábitos discretos, o que torna flagrantes como esse ainda mais especiais. A reprodução do tamanduá-bandeira não segue um calendário fixo, podendo ocorrer ao longo do ano. A gestação dura cerca de 184 a 190 dias e geralmente resulta no nascimento de um único filhote, com aproximadamente 1,4 kg.
Nos primeiros meses, o filhote alimenta-se apenas de leite materno e permanece o tempo todo nas costas da mãe, onde se camufla perfeitamente. A convivência intensa pode durar até 10 meses, período em que o pequeno tamanduá começa a aprender a forragear, alimentando-se de formigas e cupins com orientação materna.
A cena reforça não só a riqueza da biodiversidade pantaneira, mas também a importância da preservação dos habitats naturais. Fundamentais para a sobrevivência de espécies como o tamanduá-bandeira, atualmente classificado como vulnerável à extinção.