Embora o mapa oficial do IBGE indique apenas Cerrado e Amazônia ao redor do Pantanal, a realidade ecológica é ainda mais rica e complexa. Além desses dois biomas brasileiros, há influência direta de três outros: Mata Atlântica, Chaco e Bosque Chiquitano — esses dois últimos, originários da Bolívia e do Paraguai.
🔸 Cerrado – Presente em toda a borda leste, sul e parte norte do Pantanal. Sua vegetação influencia diretamente a fauna e flora pantaneira, além de contribuir para a resiliência natural ao fogo.
🔸 Amazônia – Marca presença no noroeste da planície pantaneira, especialmente em regiões como a Serra do Amolar. É por isso que espécies como a vitória-régia (Victoria amazonica) podem ser encontradas nas margens do Rio Paraguai.
🔸 Mata Atlântica – Apesar de não parecer óbvio, ela está presente em áreas como a Serra da Bodoquena e até mesmo dentro do Pantanal, em trechos mais altos e úmidos como o próprio Amolar.
🔸 Chaco – Essa floresta tropical seca, a maior da América do Sul, faz fronteira com o Pantanal na Bolívia e no Paraguai. Curiosamente, há uma pequena porção de Chaco que entra no Brasil, especialmente em partes de Porto Murtinho (MS).
🔸 Bosque Chiquitano – Essa floresta boliviana funciona como uma zona de transição entre os ambientes úmidos da Amazônia e os mais secos do Chaco. E sim, um pedacinho dela também invade o território brasileiro.
Essa diversidade ao redor do Pantanal é justamente o que torna esse bioma tão único e vital para o equilíbrio ambiental da América do Sul.
Cada um desses biomas vizinhos influencia a paisagem, a biodiversidade e até mesmo o comportamento das espécies pantaneiras.


Referências: SOS Pantanal - Foto Destacada: Nhêcolandia -Pantanal Oficial