Uma arara-canindé (Ara ararauna) chamou atenção ao caminhar pelo chão do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande capital de Mato Grosso do Sul, na manhã desta sexta-feira (9). A cena foi registrada pela equipe da TV Morena, que relatou a aproximação da ave e sinais de possível desorientação.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) chegou no local, mas não localizou a Arara-canindé no momento da vistoria.
O g1 conversou com Larissa Tinoco, bióloga e coordenadora do projeto Aves Urbanas do Instituto Arara-azul, que avaliou as imagens registradas.
“E nesse caso, geralmente elas ficam desorientadas, ficam um tempo caminhando pelo chão, é um comportamento normal. Muitas vezes elas não ficam machucadas, ficam só desorientadas. Eu vi que ela está caminhando, que ela está com a posição das asas normais, não está com asa caída, não tem sangramento, então isso indica que ela provavelmente não tem nenhuma fratura”, explicou a bióloga.
A especialista apontou que colisões com veículos ou estruturas urbanas podem causar episódios de desorientação em araras, mesmo quando não há ferimentos aparentes.
“Nesse caso específico, em que a arara não apresentava sangramentos ou a asa caída, a orientação seria tentar, com cuidado, colocar a ave em uma árvore com auxílio de um galho ou um cabo de vassoura e observar se ela vai tentar voar. Mas é sempre importante entrar em contato com o Instituto Arara-azul ou com a PMA”, orientou Larissa.
A presença de araras em áreas urbanas de Campo Grande tem se tornado mais frequente, especialmente em locais arborizados próximos a áreas de alimentação. A observação do comportamento dessas aves é essencial para garantir o bem-estar dos animais e orientar ações de manejo.
Por fim, o Instituto Arara-azul e a Polícia Militar Ambiental reforçam que, em caso de encontro com aves silvestres em situação incomum. Portanto, a população deve acionar os canais oficiais de atendimento para receber as orientações adequadas.
Fonte: G1/MS
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