O cervo-do-pantanal, maior veado da América do Sul, mede quase 200 cm de comprimento e atinge até 2,1 metros de altura com seus chifres. Machos, maiores que fêmeas, pesam até 130 kg e possuem chifres com até 20 ramificações em indivíduos mais velhos. Assim, a espécie adapta-se a ambientes alagados, graças a membranas interdigitais entre os cascos alongados.
Originalmente, o cervo-do-pantanal habitava desde o sul do rio Amazonas até o norte da Argentina, incluindo Brasil central, Peru, Bolívia e Paraguai. Porém, caça e perda de habitat reduziram drasticamente suas populações.
O cervo-do-pantanal vive em áreas pantanosas e savanas inundadas, selecionando locais entre 30 e 60 cm de profundidade. No Pantanal, ele dispersa-se na cheia e concentra-se perto de rios na seca. Com hábitos diurnos, ele ativa-se ao amanhecer e ao entardecer, evitando o calor. Em áreas antropizadas, adapta-se a hábitos noturnos para fugir de caçadores. Além disso, salta e nada com facilidade, atravessando grandes rios.
Fêmeas formam grupos familiares, enquanto machos preferem a solidão. Alimentam-se de gramíneas e plantas aquáticas, enfrentando predadores como onças-pintadas, onças-pardas e sucuris. Já o lobo-guará ameaça seus filhotes. Assim, o cervo-do-pantanal destaca-se como símbolo de adaptação e resiliência no Pantanal.
Fotos: Caio Cavalcante
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